Estrato lenhoso e mesofauna edáfica em área de caatinga em processo de recuperação.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: FERNANDES, Samara Paulo dos Santos.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/22029
Resumo: A pressão antrópica na Caatinga se intensificou a partir da colonização do Brasil pelos portugueses, caracterizada a princípio pela exploração de recursos naturais, pela monocultura da cana de açúcar, e pela pecuária extensiva. A agricultura de subsistência, a pecuária e a extração de madeira e lenha continuam como atividades comuns no bioma, e são consideradas as maiores responsáveis pela degradação da Caatinga. Em conjunto com as queimadas, o corte recorrente da vegetação lenhosa e as adversidades do clima afetam negativamente o bioma e provocam os desequilíbrios sociais que caracterizam a região. O efeito conjunto destes fatores quebra o frágil equilíbrio ambiental da região, reduz a diversidade da fauna e da flora, compromete os recursos hídricos, e contribui para a compactação, a erosão e a salinização dos solos. Atualmente, a maior parte das áreas de Caatinga encontra-se em estádio inicial ou intermediário de sucessão secundária e ou em processo de desertificação, porém, acredita-se que é possível recuperar boa parte desta vegetação e explorá-la de forma sustentável. A recuperação de áreas degradadas depende da utilização de princípios ecológicos e de práticas silviculturais, do conhecimento das causas da degradação e das características da fauna e da flora. A recuperação ambiental pode se basear na regeneração natural, na aplicação de técnicas nucleadoras ou no plantio de mudas. O processo de regeneração de uma área degradada pode seguir o seu curso natural quando cessa a atuação dos fatores causadores da degradação, tais como o superpastejo, os incêndios florestais e a exploração recorrente da biomassa lenhosa. O plantio de mudas de espécies lenhosas pioneiras é uma alternativa para revegetação de áreas degradadas de Caatinga, pois, apesar dos custos elevados, pode acelerar a recuperação de áreas degradadas pela facilitação de estabelecimento de indivíduos lenhosos, que por sua vez podem propiciar as condições para o estabelecimento de outras espécies no estrato herbáceo e arbóreoarbustivo. O status de um ecossistema pode ser avaliado pela sua fauna edáfica, pois esses organismos são adaptados a sobreviver, se reproduzir e realizar interações ecológicas em condições ambientais específicas, caracterizando o que se chama de bioindicadores. A presença e a abundância desses organismos são influenciadas diretamente pela cobertura vegetal da área, pela quantidade e qualidade da matéria orgânica, pela disponibilidade de água e de sais minerais e pelo pH do solo.