Aplicação do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NVDI) associada às variáveis pluviométricas para Sub-bacia do Rio Espinharas, PB/RN.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: SIMÕES, Ewerton Medeiros.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3599
Resumo: Para o desenvolvimento de medidas de conservação e manutenção dos recursos hídricos, é necessário compreender as interações existentes entre a precipitação e a dinâmica da cobertura vegetal no espaço/tempo, o que tem sido possível devido ao emprego do NDVI. A sub-bacia do Rio Espinharas passa por grandes alterações em sua paisagem, causadas principalmente pela expansão das atividades antrópicas, portanto, espera-se diante deste quadro, demonstrar a relação entre o NDVI e a precipitação na referida sub-bacia. O objetivo deste estudo foi verificar o comportamento do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI), para a sub-bacia do Rio Espinharas, nos períodos seco e chuvoso dos anos de 2005 e 2015, correlacionando-o à precipitação acumulada em cada período. Foi gerada uma malha de pontos correspondente à localização geográfica de 12 plataformas de coleta de dados (PCD). A partir de cada PCD, foi determinado um raio de 5 km, no qual foram marcados aleatoriamente 30 pontos amostrais para aquisição dos valores de NDVI em áreas de vegetação natural. Considerando a variação do NDVI na área de estudo, durante os períodos analisados, pode-se observar mudanças significativas da vegetação caatinga do período chuvoso para o período seco. O ano de 2005 apresentou maiores valores de NDVI em relação a 2015, com valores máximos de 0,71 e 0,78 no período seco e úmido, respectivamente. No ano de 2015, os valores máximos são de 0,64 e 0,61, para o período seco e úmido, respectivamente. Os maiores valores foram observados no período chuvoso de 2005, nas estações meteorológicas de Matureia, Salgadinho e Areia de Baraúnas. Essas áreas são marcadas pela presença de uma vegetação nativa densa, encontrada nas áreas mais elevadas do terreno, como encostas de morros. No período seco, nota-se a baixa variabilidade dos valores de NDVI, sendo as maiores leituras observadas nas plataformas de Matureia, Salgadinho e Teixeira. As plataformas que apresentaram as maiores reduções nos valores de NDVI de 2005 para 2015, no período chuvoso, foram Matureia, Santa Teresinha e Salgadinho, com reduções de 41,9%, 38,2% e 32,7%, respectivamente. As correlações mais significativas para as variáveis analisadas foram estabelecidas para os períodos secos, com coeficientes de correlação de Pearson de 0,71, em 2005, e 0,48 para 2015. Isto indica uma relação progressiva entre as variáveis com a diminuição dos totais pluviométricos. As menores correlações foram verificadas no período chuvoso, com valores de 0,09, em 2005, e 0,19 para o ano de 2015. A elevação dos níveis pluviométricos na região não implicou o aumento progressivo nos valores de NDVI. Sugere-se assim que, para novos estudos na região, seja explorado um período maior de observação durante os anos, visando minimizar o efeito de situações extremas. Além da precipitação acumulada, outros fatores podem ser relacionados, como declividade do terreno, temperatura e tipo de solo, que são importantes fatores a serem considerados, sugerindo-se uma análise conjunta dos mesmos.