Estudos etnobotânicos e prospecção fitoquímica de plantas medicinais utilizadas na Comunidade do Horto, Juazeiro do Norte (CE).
Ano de defesa: | 2011 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/13665 |
Resumo: | O uso de plantas medicinais é uma das práticas mais antigas empregadas no tratamento de enfermidades humanas, o que permitiu o fortalecimento da medicina tradicional, ao longo dos anos, a partir da sabedoria popular, sendo um importante recurso terapêutico e aliado à etnofarmacologia. A investigação etnobotânica contribuiu para o estudo da flora do estado do Ceará objetivando-se identificar, caracterizar, registrar e resgatar o conhecimento e uso terapêutico de plantas medicinais mais utilizadas por moradores da comunidade do Horto, Juazeiro do Norte, Ceará e obter, através da prospecção fitoquímica, a confirmação das indicações terapêuticas das plantas estudadas. A metodologia utilizada para o estudo etnobotânico baseou-se em entrevistas semiestruturadas, com observações participantes, em um universo de 200 informantes de ambos os sexos. Foram identificadas 50 espécies medicinais, pertencentes a 27 famílias botânicas, que foram coletadas e constituíram exsicatas, incorporadas ao Herbário do Centro de Saúde e Tecnologia Rural (CSTR), na Universidade Federal de Campina Grande, onde se apresentou informações sobre partes utilizadas na preparação de remédios caseiros, modo de preparo, usos, fonte conhecimento, obtenção da planta e denominações populares. O maior número de entrevistados tinha idade que variava entre 40 e 79 anos (65%). O tempo de residência mais frequente variou entre 20 e 59 anos (62,5%). O conhecimento sobre o uso de vegetais com fins terapêuticos foram herdados dos pais (45%) e avós (30%), tendo sido influenciados, também, pela cultura religiosa local (22%). Em relação às partes das plantas mais utilizadas estão em destaque as folhas com 37%, seguidas de cascas com 24%. A comunidade utiliza, em maior proporção as plantas medicinais a partir de um cultivo próprio (48%), mas também recorrem ao seu hábito natural (32%). Os 12 representantes vegetais, pertencentes às famílias Anacardiaceae (01), Cleomaceae (01), Fabaceae (06), Oleaceae (01), Phyllanthaceae (01), Plantaginaceae (01), Rubiaceae (01), mais citados foram submetidos a uma análise fitoquímica que seguiram as etapas de coleta, obtenção de extrato etanólico e identificação de metabólitos secundários, através da marcha química. Os ensaios experimentais foram realizados no Laboratório de Pesquisas em Produtos Naturais (LPPN) da Universidade Regional do Cariri (URCA), que viabilizaram a identificação de 100% das amostras com alcaloides, 84,6% contendo taninos e 56,2% apresentaram todos os grupos de flavonoides. Os resultados positivos para as classes de compostos químicos revelaram que as espécies incorporam propriedades curativas. Os dados obtidos demonstraram que a comunidade é portadora de um conhecimento rico na flora medicinal e sujeita a estudos etnofarmacológicos. |