Vulnerabilidade socioambiental como decorrência do processo de expansão urbana de Campina Grande-PB.
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/962 |
Resumo: | A partir do nomadismo do homem e do domínio de técnicas específicas, a sociedade foi capaz de se desenvolver, e as cidades começaram a surgir. Após a Revolução Industrial, as cidades começaram a experimentar um fenômeno chamado expansão urbana devido às mudanças estruturais no modelo econômico praticado nas cidades industrializadas, assim como nas mudanças referentes às relações de trabalho, que fez da cidade o centro das relações econômicas, políticas e sociais. O Brasil absorveu a industrialização tardiamente, o que refletiu em avanços significativos em um curto espaço de tempo. Desta forma, o intenso processo de expansão urbana que se deu no Brasil a partir da década de 1950 resultou no aumento das desigualdades sociais e consequente aumento das vulnerabilidades da população com menos capacidade de responder a eventos adversos. Diante do exposto, este trabalho partiu da premissa de que o nível da vulnerabilidade socioambiental urbana está proporcionalmente relacionado ao fenômeno de expansão urbana, caracterizados pela segmentação e diferenciação social, demográfica, econômica e ambiental, sendo que os níveis mais elevados de vulnerabilidade corresponderão ao maior impacto, risco e dificuldade em se recuperar dos eventos danosos. O objetivo geral deste trabalho é analisar o processo de expansão urbana de Campina grande, ocorrido entre o período de 1970 a 2010, assim como sua relação de contribuição para o aumento da vulnerabilidade socioambiental da população da cidade, buscando localizar espacialmente os bairros que se encontram mais vulneráveis neste processo. A metodologia aqui utilizada pautou-se, primeiramente, na caracterização da expansão urbana de Campina Grande e, em seguida, na aplicação da proposta metodológica elaborada por Maior (2014) para quantificar o Índice de Vulnerabilidade Socioambiental da cidade de Campina Grande, objeto de estudo deste trabalho. Esta metodologia utiliza 34 indicadores, sendo 29 referentes à dimensão socioeconômica e 5 referentes à dimensão ambiental que foram considerados para cada um dos 50 bairros de Campina Grande que resultaram em índices que variam de 0,0 a 1,0, do modo que quanto maior o índice maior a vulnerabilidade naquele indicador. Trabalhou as dimensões socioeconômicas e ambientais em separado para, em momento posterior, sobrepor ambos e obter o Índice de Vulnerabilidade socioambiental de Campina Grande. Com os resultados, pôde-se concluir que a expansão urbana contribuiu para o aumento dos níveis de vulnerabilidade socioambiental devido à suas características: expansão urbana espontânea, pautada na periferização da população mais pobre através da (re)locação destes para condomínios populares construídos em vazios urbanos, distantes do centro, negando a esta população o acesso a diversos serviços básicos, assim como o acesso à infraestrutura urbana, ampliando as desigualdades sociais já existentes. Isto refletiu no aumento da vulnerabilidade dos bairros presentes na franja urbana, assim como naqueles que, em outro momento, estiveram localizados na periferia da cidade. |