Diretrizes para plano de segurança da água para soluções alternativas de abastecimento em comunidades rurais dispersas.
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/38861 |
Resumo: | A utilização de solução alternativa de abastecimento de água para consumo humano mostra-se como uma opção para tentar mitigar a problemática do acesso à água nas zonas rurais para populações dispersas. O grande desafio dessas soluções para os gestores é a manutenção da segurança sanitária da água, visto que são sistemas de múltiplas entradas, os quais são difíceis de predição dos perigos. O modelo de gestão recomendado para sistemas de abastecimento, solução alternativa coletiva de abastecimento de água para consumo humano (SAC) e solução alternativa individual de abastecimento de água para consumo humano (SAI), pela World Health Organization (WHO) e posteriormente pela Portaria GM/MS nº 888 de 2021, é o Plano de Segurança da Água (PSA), uma ferramenta robusta e confiável, por isso de difícil implementação por essas soluções. Trabalhos anteriores constataram a necessidade da simplificação do PSA, mantendo os ganhos para a população com a sua implementação desse instrumento, o qual se baseia no princípio das múltiplas barreiras, que pode ser visto como uma série de boas práticas para garantir a segurança da qualidade da água disponível para consumo humano. Uma das ferramentas utilizadas pelo PSA é a análise de risco. Essa ferramenta é essencial para identificar os perigos no abastecimento de água. Através dela, é possível reconhecer os principais riscos e, a partir dessas informações, desenvolver medidas de controle para mitigar os problemas identificados. Assim, o trabalho teve como objetivo propor diretrizes para plano de segurança da água para soluções alternativas de abastecimento em comunidades rurais, de forma simplificada, possibilitando sua aplicação em localidades dispersas. O estudo avaliou cinco soluções alternativas de abastecimento, são elas: captação de água de chuva, poços rasos ou tubulares, abastecimento com rede convencional, captação direta em mananciais superficiais (rios, nascentes e reservatórios) e abastecimento por veículo transportador (Caminhão-pipas regulamentados ou autônomos). Para tal, foi utilizada a análise de risco de processo com a metodologia Hazard and Operability Study (HAZOP), para identificar os principais desvios, suas consequências e as providências necessárias para cada fonte de abastecimento e Failure Mode and Effect Analysis (FMEA) de produto para hierarquização dos perigos na água de abastecimento. O HAZOP identificou como os principais desvios operacionais o acúmulo de sedimentos, as falhas de manutenção e interrupções no fornecimento de água, os quais comprometem a segurança sanitária da água. Já o FMEA identificou a presença de Escherichia coli e coliformes totais como os principais riscos para o produto, seguidos pelos indicadores de baixa concentração de cloro residual livre (CRL) e alta turbidez. A partir dessas análises, se desenvolveram protocolos de ações e recomendações práticas para soluções alternativas, checklist de procedimentos de segurança sanitária para soluções alternativas de abastecimento e as ações do processo de condução da auditoria do PSA. Paralelamente, foi desenvolvido um sistema de desinfecção por meio de ozonização, compacto e de fácil operação, visando ser uma alternativa como uma medida de adequação e controle do PSA, auxiliando a manutenção da qualidade microbiana das águas. O sistema obteve bons resultados na inativação de coliformes totais e Escherichia coli em 100% das análises de águas oriundas de cisternas e poços no universo amostral de n = 30. Entretanto, teve uma eficiência inferior em águas advindas de captação direta de açudes, obtendo eficiência de 86,66% na remoção de coliformes totais e 90% de Escherichia coli. |