Produção e armazenamento de extrato liofilizado de sementes de moringa e métodos de aplicação no tratamento de água.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: SILVA, Semirames do Nascimento.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/28093
Resumo: Diversos coagulantes estão sendo estudados para o tratamento de água, entretanto, os coagulantes naturais têm demonstrado vantagens em relação aos químicos, como é o caso do coagulante à base de sementes de moringa. Para um melhor aproveitamento das sementes, faz-se necessário o uso de tecnologias para a preservação dos seus constituintes, principalmente, quando utilizada em tratamento de água, uma vez que o princípio ativo das proteínas (lectinas) responsáveis pela coagulação da água perde seu efeito em pouco tempo. A partir disso, propõe-se produzir e armazenar o extrato liofilizado de sementes de moringa e estudar métodos de aplicação no tratamento de água para consumo humano. As sementes foram descascadas manualmente e trituradas em liquidificador doméstico. Caracterizou-se o pó in natura quanto a parâmetros físicos e físico-químicos. Para a liofilização, utilizou-se um liofilizador de bancada. Adicionaram-se ao extrato 20, 30, 40 e 50 mL de água destilada para formação das pastas, e estas foram submetidas ao congelamento, e em seguida, liofilizadas. Após a liofilização analisaram-se os pós quanto aos parâmetros físicos e físico-químicos. Avaliou-se a água artificial quanto ao pH, turbidez e cor aparente. Para o coagulante aplicaram-se, em Jar Test, as dosagens de 12, 16, 18 e 24 g do pó liofilizado. Com a melhor dosagem do coagulante, estudaram-se os tempos de sedimentação da água (60, 120, 180, 240, 300, 360, 420 e 480 min). Depois de estabelecida a melhor dosagem do coagulante e o tempo de sedimentação da água, estudaram-se os métodos de aplicação: direto, líquido, filtro e sachê. Avaliou-se a eficiência dos pós no tratamento da água em função do tempo de armazenamento. Durante 180 dias armazenou-se o pó em três tipos de embalagens: laminada, sachê e mista, em que foi estudada a eficiência do coagulante no tratamento da água, mediante parâmetros físico-químicos, acrescentados das análises microbiológicas, físicoquímicas e físicas do pó. A liofilização apresentou-se para a moringa como um método adequado na preservação dos seus constituintes, sendo a adição de 50 mL de água destilada a que apresentou melhores resultados. A dosagem de 24 g resultou em melhores resultados para o pH e maior redução no nível de turbidez; e a de 16 g apresentou maior eficiência na remoção da cor aparente da água. Por apresentar maior eficiência para o pH, seguido de maiores reduções na turbidez e cor aparente da água definiu-se o tempo de 480 min de sedimentação como o melhor. Os métodos de aplicação selecionados com base nos melhores resultados de cada parâmetro estudado foram o direto, o filtro e o sachê. As embalagens foram eficientes na conservação das características físico-químicas do extrato liofilizado. Durante os 180 dias de armazenamento, o extrato não apresentou contaminação microbiológica. As embalagens foram eficientes na conservação do coagulante. A conservação do princípio ativo das sementes responsável pela remoção da turbidez depende da embalagem utilizada e do tempo de armazenamento. A embalagem de sachê apresentou a maior eficiência de eliminação da cor aparente. Mesmo apresentando elevada eficiência na remoção da turbidez e cor aparente, os valores encontram-se acima do exigido.