A cor da pele dita o “tom”: análise sobre as mulheres negras no espaço escolar.
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH MESTRADO PROFISSIONAL DE SOCIOLOGIA EM REDE NACIONAL - CAMPINA GRANDE UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/20638 |
Resumo: | As mulheres negras carregam consigo estigmas que as tornam dubiamente alvos de violência. O racismo e o sexismo as acompanham, sendo mascaradas pelo mito da democracia racial, que ao somar-se ao racismo estrutural resultam não somente na agressão física ou psíquica deste feminino, mas, sobretudo, de sua identidade. Neste cenário, o presente trabalho acadêmico questiona o papel da escola, bem como a aulas da Sociologia na educação básica, como espaço de discussões e rupturas de paradigmas seculares que gestam em torno da temática de gênero. Na investigação, partimos do uso de fontes bibliográficas (teses, dissertações artigos e livros), para análise da identidade socialmente construída do feminino negro, bem como, das legislações educacionais e étnico-raciais promulgadas nas últimas décadas. Teóricas como Sueli Carneiro, Djamila Ribeiro, Angelas Davis, bell hooks, Patrícia Collis, nos deram o arcabouço teórico que precisávamos. O campo empírico desenvolveu-se a partir da abordagem qualitativa e quantitativa exploratória. Empregamos, como método de coleta de dados, questionários estruturados virtuais, com perguntas objetivas e subjetivas, na plataforma Google formulário, aplicados com estudantes do sexo feminino e professores de Sociologia da rede estadual e privada de nosso estado, os quais, continha indagações discursivas que versavam sobre identidade negra, racismo e sexismo no espaço escolar, curriculum, e marcadores sociais. A pesquisa nos revelou que apesar dos avanços normativos existentes, seja quanto à igualdade racial defendida, seja na obrigatoriedade do ensino da cultura afro-brasileira nas instituições educacionais do ensino básico, questões de gênero e raça, especificamente falando, não são vistos como prioridades discursivas, contribuindo com a permanência do status quo no tocante as mulheres negras. A abordagem apenas histórica e cultural Afro-brasileira favorece que outras perspectivas sociais, neste caso, racismo e sexismo contra o feminino negro, não sejam abordadas no espaço escolar, dificultando-se assim, o protagonismo juvenil destas mulheres. |