Potencial de extrato de cabacinha no controle de Meloidogyne enterolobii em pimentão.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: SIQUEIRA, Dayany Florencio.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar - CCTA
PÓS-GRADUAÇÃO EM HORTICULTURA TROPICAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/32395
Resumo: O pimentão (Capsicum annuum L.) é cultivado praticamente em todo o mundo, dando destaque às regiões de clima tropical e temperado. No Brasil, o pimentão apresenta grande importância socioeconômica, estando entre as dez hortaliças mais consumidas. Nos últimos anos, o cultivo passou a ser realizado em ambiente protegido, devido à elevação da produtividade e da qualidade dos frutos. No entanto, cultivos sucessivos na mesma área, juntamente com as técnicas de manejo inadequada, têm acarretado o aumento de doenças radiculares, principalmente a meloidoginose, pelas espécies: Meloidogyne javanica e M. incognita. Recentemente, uma nova espécie, M. enterolobii (Syn. M. mayaguensis), tem ganhado relevância, pois fontes de resistência efetivas contra outros nematoides têm-se mostrado ineficazes em seu controle. A busca por métodos alternativos de controle de fitonematoides, e, que também visem preservar o meio ambiente, tem motivado pesquisas com extratos de origem vegetal. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a potencialidade do extrato de cabacinha (Luffa operculata Cogn.), no controle de M. enterolobii na cultura do pimentão. O experimento foi conduzido em casa de vegetação e Laboratório de Fitopatologia da Universidade Federal de Campina Grande, em Pombal, PB. O experimento contou com delineamento experimental inteiramente casualizado, em esquema fatorial (2x10) sendo os fatores constituídos por dois estágio de maturação de cabacinha: verde e seco, na preparação dos extratos vegetais, com dez concentrações (10; 20; 30; 40; 50; 60; 70; 80; 90 e 100%), mais uma testemunha Água (0) e um tratamento químico, com cinco repetições. Para isso, as mudas de pimentão mantidas em vasos foram inoculadas com 5.000 ovos/juvenis de M. enterolobbi, após 72 h, foram aplicados os tratamentos correspondentes a 50 mL dos extratos, divididas em três aplicações (25 mL + 25 mL+ 25 mL), com intervalo de quinze dias, entre elas. Após sessenta dias da aplicação dos tratamentos, foram avaliadas o desenvolvimento vegetativo das plantas como: altura de planta, diâmetro do caule, fitomassa fresca e seca da parte aérea, fitomassa fresca de raiz e volume radicular. Foram estimados ainda: número de galhas, número total de juvenis no solo, número total de juvenis e ovos nas raízes, o número de ovos e juvenis por grama de raiz e fator de reprodução. Entre as características agronômicas estudadas o peso seco da parte aérea (PSPA), foi o único que obteve efeito significativo entre os fatores estágio de maturação e concentrações do extrato de cabacinha. Nas caracteristicas do parasitismo houve efeito positivo as variáveis: número de galhas (NG), número de juvenis no solo (NS), número de ovos no solo (OS), ovos na raiz (OR) e fator de reprodução (FR). No entanto, as variáveis número de juvenis na raiz (NR) e nematoides por grama de raiz (NRG) responderam significativamente de forma isolada às concentrações do extrato de cabacinha. O extrato alcoólico de cabacinha apresenta efeito biocida sobre M. enterolobii na cultura do pimentão sem ocasionar diminuição no seu desenvolvimento vegetativo. Já para efeito do parasitismo apresenta efeito positivo nas concentrações do extrato verde e seco superiores a 20%.