Tempo de amar: uma análise dos conflitos familiares das jovens de Boqueirão-PB.
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/18470 |
Resumo: | Este trabalho visa compreender a forma por meio da qual o modo de vida, estabelecido social e culturalmente em Boqueirão-PB, orienta as práticas sociais de jovens que buscam construir algum tipo de união conjugal. Nossa pesquisa teve como eixo articulador a relação de dados empíricos, adquiridos em relatos de jovens de baixa renda, com modos de pensamento, sentimento e ação expressivos da tradição patriarcal. O corpus empírico desta pesquisa foi composto por jovens pertencentes a uma escola estadual da cidade de Boqueirão-PB, inseridas numa rede onde predominam valores próprios do modelo de família patriarcal. A escola que serviu de locus para realizar a presente tese foi escolhida por ter como característica um espaço de intensas sociabilidades, bem como um terreno fértil de formação de identidades, laços afetivos e de construção de projetos de vida dos alunos e alunas. Mediante uma abordagem de ordem qualitativa, procuramos entender as jovens como atores sociais que são agentes de sua própria vida. Desta maneira, empreendemos uma discussão sobre o que faz que estas jovens deixem a escola de lado e saíam de suas casas para construir uma união conjugal estável. Constatamos que a relação mãe-filha é permeada de conflitos causados por uma idealização do amor materno que as mães são incapazes de corresponder. Diante disso, percebemos que as estruturas sociais atuam na tomada de decisões por construir uma relação conjugal na qual privilegiam o poder do homem sobre a mulher. Dotadas de expectativas de liberdade e de mudança de vida, as jovens escolhem a união estável como uma escapatória dos conflitos domésticos experienciados na sua família, de autonomia em relação à autoridade materna e como possibilidade de experienciar formas de empoderamento feminino. |