Desempenho e características de carcaça de ovinos recebendo dietas com feno de Jurema preta (Mimosa tenuiflora (WILD.) POIR.) como fonte de tanino.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: CALDAS, Ana Carolina Alves de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/621
Resumo: Objetivou-se avaliar o desempenho de ovinos Santa Inês, alimentados com diferentes proporções de inclusão de feno de Jurema Preta (FJP) na porção volumosa na dieta de ovinos. Foram utilizados 24 ovinos mestiços de Santa Inês machos, não castrados com peso vivo inicial de 27,25 ± 3,32 kg, distribuídos em quatro tratamentos com seis repetições que foram confinados durante 72 dias. Recebendo 50% de volumoso e 50% de concentrado. Os tratamentos experimentais foram 0 (0,11% taninos totais – TT);12,5 (0,87%TT); 25 (1,61%TT) e 37,5% (2,41% TT) de inclusão de feno de Jurema Preta na porção volumosa da dieta e alimentados no turno da manhã e da tarde para permitir sobra de 10%. As dietas foram ajustadas para um ganho de 200 gramas por dia. Os ovinos foram pesados a cada 15 dias. Durante o experimento de desempenho foram utilizados 12 ovinos para o ensaio de digestibilidade durante 18 dias, sendo 13 dias de adaptação e 5 de coleta. O delineamento utilizado para o ensaio de desempenho foi em blocos casualizados com quatro tratamentos e seis repetições, para o ensaio de digestibilidade foi utilizado o delineamento inteiramente casualizados com quatro tratamentos e três repetições. Os dados foram submetidos a análise de variância e de regressão, ao nível de 5% de probabilidade. Os melhores resultados para ingestão de matéria seca, obtidos através das equações, foram os níveis de 28,21; 31,75 e 31,5% de inclusão de FJP para IMS (g/kg0,75), (g/kgPV) e (%PV), respectivamente. A eficiência alimentar foi melhor no tratamento sem inclusão de FJP. O coeficiente de digestibilidade de MS, FDN, FDA, MO, EE, CHOT, CNF, NDT e EB não sofreram influência da inclusão de FJP na dieta. Não houve efeito significativo da inclusão de FJP na dieta. Não houve efeito significativo da inclusão de FJP tanto para PPR como para acabamento. A inclusão de até 37,5% não afetou o ganho de peso de ovinos. O acréscimo de tanino não influenciou o desenvolvimento dos órgãos. O aumento de tanino nas dietas apresentou relação linear positiva com a gordura mesentérica, ao passo que as gorduras inguinal, pélvica e perirrenal não apresentaram nenhuma relação com o tanino. Para obtenção de ovinos com peso ao abate entre 33 e 36 kg com rendimentos de carcaça fria entre 39 e 44%, qualquer nível de inclusão de FJP pode ser recomendado. As características dos componentes de carcaça e dos não constituintes de carcaça não apresentam relação com o teor de tanino da jurema preta na dieta de ovinos.