Efeitos sistêmicos, neurológicos e analgésicos da administração de meloxicam por via epidural.
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25649 |
Resumo: | Com o intuito de avaliar as alterações clínicas e neurológicas e o efeito analgésico do meloxicam quando administrado por via epidural, essa dissertação foi dividida em dois capítulos: o primeiro, uma avaliação dos efeitos sistêmicos e neurotóxicos da administração de meloxicam por via epidural em coelhos e o segundo, um estudo sobre a analgesia preemptiva com meloxicam, administrado por via intramuscular ou epidural, em gatas submetidas à ovário-histerectomia (OH). No 1º artigo foram utilizados 12 coelhos distribuídos em dois grupos, onde receberam solução fisiológica (0,3mL/kg) (Grupo controle) ou meloxicam (0,2mg/kg) (Grupo Meloxicam), ambos por via epidural. Avaliaram-se a frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (f), temperatura corporal (TC) e temperatura superficial da região lombossacra e as alterações neurológicas durante os 10 primeiros dias do experimento. Posteriormente foram realizadas as eutanásias para avaliação histopatológica da medula espinhal, 15 e 30 dias após a administração epidural dos fármacos. As alterações observadas em todas as avaliações não foram sugestivas de efeito adverso do meloxicam. A administração epidural lombossacra de meloxicam, na dose de 0,2 mg/kg e num volume de 0,3 mL/kg, não causa efeitos sistêmicos e neurotóxicos significativos, em coelhos. No 2º estudo foram utilizadas 16 gatas distribuídas em dois grupos, as quais receberam meloxicam (0,2mg/kg) por via intramuscular (IM) e solução de NaCl 0,9% (0,1mL/kg) por via epidural (Grupo intramuscular - GIM) ou solução de NaCl 0,9% (0,1mL/kg), por via IM, e meloxicam (0,2mg/kg) por via epidural (Grupo epidural - GEP). Foram mensuradas a FC, f, TC e pressão arterial sistólica, além da glicemia e da dosagem sérica do cortisol. A dor pós-operatória foi avaliada através de escala multiparamétrica, com atribuição de escores para cada variável avaliada. As variações observadas nos parâmetros clínicos aparentemente não decorreram do emprego do meloxicam. O cortisol sérico esteve elevado, em ambos os grupos, inclusive na avaliação inicial, porém entre grupos não houve diferença. A glicose não variou entre grupos, mas ocorreu hiperglicemia pós-operatória em ambos os grupos, significativa a partir de duas e de 12 horas após a administração do meloxicam, respectivamente no GIM e no GEP. Os escores de dor no GIM foram estatisticamente maiores que no GEP, 12 horas após a administração do meloxicam. A analgesia de resgate foi requerida em dois animais do GIM e em um do GEP. A administração do meloxicam pela via epidural promove melhor analgesia do que pela via intramuscular, embora não totalmente satisfatória, em gatas submetidas à OH. Conclui-se que o meloxicam pode ser administrado por via epidural com segurança, porém sua analgesia é insuficiente para procedimentos cirúrgicos que promovam dor moderada. |