"Da Paraíba pra São Paulo e de São Paulo pra Paraíba" (migração, família e reprodução da força de trabalho).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1985
Autor(a) principal: MENEZES, Marilda Aparecida de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2345
Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar a migração do campo para a cidade e da cidade para o campo. Tomei como universo empírico uma área do Sertão da Paraíba e uma área de Região Metropolitana de São Paulo. Nestas duas áreas pesquisei um mesmo grupo de famílias, segmentadas entre o campo (os pais) e a cidade(os filhos). A migração é analisada através das manifestações concretas e específicas do desenvolvimento capitalista sobre a reprodução dos trabalhadores (no campo e na cidade) na década de 70 e os quatro primeiros anos da década de 80. No campo, o desenvolvimento do capitalismo pauperiza as unidades de produção familiar e ao mesmo tempo gera, permanentemente, um exército industrial de reserva. Frente a essa situação, a família se utiliza de diversas estratégias, destacando-se aqui a migração de alguns filhos para a cidade. Na cidade, o desenvolvimento do capitalismo deteriora as condições de reprodução dos trabalhadores assalariados e ao mesmo tempo gera também, um exército industrial de reserva, representado em populações que estão ora trabalhando, ora desempregadas, ora no subemprego. A migração para o campo é uma estratégia regularmente utilizada por aqueles trabalhadores que ainda tem ligação com familiares no campo. A migração do campo para a cidade e da cidade para o campo, é, portanto, analisada neste trabalho como uma das estratégias de sobrevivência da família para enfrentar a deterioração das condições de vida e trabalho, imprimida pelo desenvolvimento do capitalismo nestes dois espaços sócio-econômicos. Desta forma, a análise mostra que a migração expressa a interdependência existente entre a reprodução das unidades de produção familiar no campo e da força de trabalho assalariada na cidade.