De posseiro a assentado: transformações no modo de vida camponês de médio São Francisco baiano.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: ANDRADE, Ana Cristina Chaves.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4424
Resumo: O estudo desenvolvido num quadro analítico de temporalidade, trata das características e da dinâmica da reprodução da condição camponesa de grupos familiares que tiveram suas terras transformadas em assentamento de reforma agraria no Médio São Francisco, região oeste do Estado da Bahia. Estes grupos ao se instalarem por um longo tempo em determinada terra e desenvolverem formas de sociabilidades e reciprocidades enquanto normas e regras para o seu acesso, uso e sua permanência, constituíram patrimônios territoriais fundamentados por noções de direito calcadas, de modo especial, na memoria genealógica grupal e em valores sociais particularizados em direitos costumeiros. Partindo das categorias de "posseiro" e "assentado", enfocamos processos de continuidades e descontinuidades nessa passagem. Tais processos revelaram que as noções de direito que referenciavam suas antigas praticas de posse e uso da terra são recriadas de modo a incorporar as mudanças ocorridas em decorrência da criação do assentamento e, de outro, resistindo as mesmas, por serem consideradas como uma condição de subordinação, visto terem trazido transformações definitivas em seu modo de vida - seu habitus - consolidado historicamente. A analise permitiu formular a conclusão de que, na condição de assentados, esses pequenos agricultores buscam reatualizar sua identidade camponesa em um espaço restrito e definido pela politica agrícola do governo federal.