Irrigação por cápsula porosa: características e avaliação do método sob pressão hidrostática.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1980
Autor(a) principal: SILVA, Dinarte Aéda da.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2979
Resumo: Os objetivos deste trabalho consistiram em testar a viabilidade do método de irrigação por capsula porosa sob pressão hidrostática e em determinar os efeitos das diferentes pressões hidróstáticas e das populações de plantas por capsula sobre a produção do milho (Zea mays L.), cultivar Centralmex. Foram testadas diferentes proporções de barbotinas A e B para confecção das cápsulas porosas, sendo que a proporção 401, 601, foi escolhida, devido ao fato de ter apresentado melhores características técnicas no que diz respeito à liberação: de água e resistência à compressão. O experimento de campo foi desenvolvido no Campo Experimental de Bebedouro do Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Semi-Árido (EMBRAPA/CPATSA), Petrolina-PE. O delineamento estatístico adotado foi o de blocos ao acaso, com parcelas sub-divididas em três tratamentos de pressões hidrostáticas, 0,35; 0,50 e 0,75m e cinco sub-tratamentos com densidades de plantas correspondentes a 1 ; 4; 7; 10 e 13 plantas por cápsula porosa, com três repetições contendo cada uma dez cápsulas porosas instaladas a 0,25m de profundidade e a 0% de declividade. Observou-se que as diferentes pressões hidrostáticas influíram, significativamente, na liberação de água pelas cápsula e que o consumo de água, durante o ciclo de cultivo, variou de 796 a 1.000m3/ha para os diferentes tratamentos, indicando grande economia de água. Por outro lado, os tratamentos não influíram significativamente quanto as alturas finais das plantas e das inserções das espigas, assim como quanto a produção do milho. Mas houve diferenças significativas a nível de 11 de probabilidade entre os sub-tratamentos. Através da equação quadrática, a máxima produção foi estimada para a densidade de nove plantas. Dentre as populações estudadas, a densidade de sete plantas por cápsula porosa apresentou melhores resultados dando produção média, por cápsula, de 861g que convertida para uma população de 50.000 plantas por hectare, daria uma produção de 6.150 Kg/ha. A eficiência média do uso de água foi 1,9Kg/m3 que representa um valor muito alto, comparado aos métodos convencionais de irrigação. O potencial matricial de água no solo (n)m) a 2cm das paredes das cápsulas, manteve-se acima de -0,1 atm (capacidade de campo) e a umidade aproveitável, variou de 60 a 1001 para um diâmetro médio de 40cm, compreendendo a profundidade de 15 a 45cm, durante o ciclo do cultivo. Portanto, pelo exposto, pode-se constatar que o método de irrigação por cápsula porosa sob pressão hidrostática e, tecnicamente, viável em áreas com limitada disponibilidade de água.