Regionalização e riscos de índices de chuvas intensas no Nordeste do Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: VIEIRA, Valmir Rocha.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/28251
Resumo: Os desastres naturais mais comuns no Nordeste do Brasil são as secas, os deslizamentos, os desabamentos e as inundações. Os três últimos são consequências em parte dos eventos extremos de chuvas. Os deslizamentos quando ocorrem em áreas urbanas no período das chuvas causam danos materiais e mortes. Não por acaso, são consequências também da ineficiência do sistema de drenagem e da remoção indiscriminada da cobertura vegetal. Essas ações combinadas com as chuvas aumentam a saturação de água no solo, reduz sua resistência e provoca sua ruptura. Os desmoronamentos são devidos ao mau uso do solo, má distribuição de renda, falta de moradia digna e má qualidade da educação pública. As inundações são geralmente acumulações de lâminas de água que podem invadir o interior das edificações e causar transtornos para a mobilidade urbana de pedestres e veículos. Esses eventos dependem de medidas estruturais e de medidas não estruturais. O objetivo desta pesquisa, realizada na região Nordeste do Brasil, foi o de identificar a variabilidade espaço-temporal das chuvas intensas e determinar o risco de suas ocorrências acima do limiar de 30 mm/dia. Foram utilizados dados de precipitação máxima diária de 133 postos pluviométricos, relativamente bem distribuídos na região de estudo. A partir deles, foi obtida a climatologia média diária para toda região, a tendência de longo prazo para os valores extremos de precipitação pelo teste de Mann-Kendall e os percentuais da chuva intensa em relação à média climatológica. Foi aplicada a Análise de Agrupamento aos dados diários de precipitação, e identificou três sub-regiões homogêneas com base nos totais médios diários de precipitação. A função distribuição de probabilidade de Gumbel foi ajustada às chuvas intensas. Esse ajuste possibilitou as estimativas dos riscos para uma específica magnitude de chuva. Os resultados com base nos períodos de retorno de 50 e 100 anos mostrou que a região RH2 apresentou os períodos de retornos de chuvas mais elevados, representado pela cidade de Igarassu - PE. A cidade de Itabaiana - SE, na região RH1, foi o município onde se registrou o menor período de chuva no estudo.