Produção colaborativa: potencialidades para o (re) significar do aprendiz e das práticas na sala de aula.
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM E ENSINO UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/12225 |
Resumo: | Esta dissertação tem como objeto de estudo o processo de produção colaborativa numa turma de aprendizes do oitavo ano do segundo ciclo do Ensino Fundamental. Tais aprendizes estiveram envolvidos em uma oficina pedagógica em que discutiram, analisaram e produziram, colaborativamente, minicontos em vídeos. Como se trata de uma pesquisa qualitativa de base interpretativista, situada no campo da Linguística Aplicada, a construção do corpus tem como objetivo geral investigar o processo de produção colaborativa, verificando de que modo contribui para a (re)construção da identidade do sujeito aprendiz. Os objetivos específicos do trabalho compreendem: a) descrever o processo de produção colaborativa vivenciado pelos aprendizes; b) analisar a contribuição dessa prática para a (re)construção da(s) identidade(s) desses sujeitos; c) identificar e analisar a constituição do sujeito “nós” a partir das posições-sujeito assumidas pelos aprendizes no processo de produção colaborativa. À luz dos estudos e diálogos com autores, como Panitz (1996), Rojo (2015, 2012) e Coscarelli (2010), Hall (2000), Pêcheux (200, 2010) e Orlandi (2005, 2010) sobre produção colaborativa, multiletramentos, identidade e posição-sujeito analisou-se a produção colaborativa a partir das posições-sujeito assumidas nessa prática. A coleta de dados deu-se a partir da realização da oficina, a qual foi organizada em seis encontros, no período da tarde e nas aulas de língua portuguesa. Optou-se pela observação direta e participativa na oficina, que teve a participação de dezessete sujeitos-aprendizes da rede pública estadual, de faixa etária entre 13 a 16 anos. A análise dos dados apontou que, no processo de produção colaborativa, acontecem dois movimentos de identificação do sujeito, o que fez surgir duas categorias analíticas: a) Movimentos de identificação do sujeito da produção colaborativa: colaboração x individualização e, b) Movimentos de identificação do sujeito com foco nas práticas multiletradas. Os resultados revelaram que, de modo geral, a prática de produção colaborativa está voltada para a construção da identidade coletiva, a do sujeito “nós”, posto que, se observou, nos dizeres dos aprendizes, o desejo de que o outro – seu interlocutor – colabore, dialogue, compartilhe o que sabe, para que assim, construam juntos a aprendizagem. Contudo, identificou-se também, uma resistência, de parte dos aprendizes, em produzir colaborativamente, mesmo que tenha sido a minoria. As posições reveladas por esses sujeitos, durante as atividades vivenciadas na oficina, evidenciaram práticas multiletradas. Nessas práticas, pôde-se identificar dois princípios dos multiletramentos, mais acentuados, a do analista crítico e a do criador de significados. Os aprendizes também mostraram-se como sujeitos que têm competência técnica. O presente estudo destaca, sobretudo, que o sujeito da produção colaborativa é mais social do que individual e as práticas vivenciadas são multiletradas. Traz reflexões e apontamentos para (re)significar as práticas de sala de aula, considerando a abordagem dos Multiletramentos. |