O radiojornalismo esportivo de Campina Grande: uma análise a partir do arquivo pessoal do cronista esportivo Joselito Pereira de Lucena (1950-2011).
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/28811 |
Resumo: | Como objetivo de pesquisa busquei analisar o radiojornalismo esportivo de Campina Grande compreendendo o recorte temporal entre 1950 e 2011, período em que aconteceram grande parte das mudanças mais significativas desse seguimento da mídia radiofônica local. Foi preciso investigar o radiojornalismo esportivo local como um seguimento radiofônico constitutivo no tecido social campinense, onde me apoiei, principalmente, nas contribuições de Sandra Pesavento e seus trabalhos que tem como pano de fundo as cidades, pois pensar tal seguimento radiofônico é o refletir sobre a sua interação com a cidade, a dinâmica entre seus agentes sociais e suas tramas sociopolíticas e culturais em seu entorno. Para tanto, tomei como fontes de pesquisa uma série de documentos pessoais – crônicas, agendas, diários e fotografias – produzidos, selecionados e guardados por Joselito Pereira de Lucena, um dos mais ativos cronistas esportivos de Campina Grande, atuando no rádio entre 1950 e 2011. Ao “preservar os rastros de sua própria atividade”, como sugere Sue McKemmish (2013), Joselito Lucena acabou por fornecer uma série de indícios passíveis de serem problematizados à luz da História. Em seu arquivo pessoal, é possível perceber sinais das várias relações sociais e a dinâmica cultural suscitada frente à prática de esportes – com ênfase maior no futebol – e sua difusão no rádio campinense, objeto de nosso recorte espacial e temporal. Além das crônicas, agendas, diários e fotografias encontradas em seu arquivo pessoal, recolhi um conjunto de entrevistas com torcedores, torcedoras, cronistas e ouvintes das programações que compreendem o recorte temporal apontado. Entendemos que a metodologia da História Oral, tal qual pensou Bosi (2003) possui as ferramentas necessárias para lermos tais dinâmicas e, como aponta Roger Chartier (1990), os “jogos de representações”, tanto agenciados pelo Joselito Lucena quanto pelos seus ouvintes, buscando “uma possibilidade de percepção de como se dá a construção de uma realidade social, em outros momentos ou lugares, por meio de delimitações, divisões e classificações”. Foi possível traçar um caminho entre a Campina Grande do final da década de 1940, quando no surgimento do rádio na cidade e percorrer as décadas que seguiram, observando o surgimento e consolidação do radiojornalismo esportivo campinense, a dinâmica entre os profissionais do rádio e a população e como cronistas esportivos, a exemplo do Joselito Lucena, surgiram e passaram a fazer parte da vida dos torcedores, no caso do Joselito Lucena, se tornando um homem monumento, conceito baseado nas leituras de Le Goff (1990). Tomar tais documentos como fontes para entender tais relações motivou essa iniciativa frente ao exercício do “fazer história”, problematizando-os para operar uma narrativa que objetivava compreender a história do radiojornalismo esportivo de Campina Grande, a partir do arquivo pessoal do cronista esportivo Joselito Pereira de Lucena e de como ele e os seus ouvintes representaram esse período por eles vivido. |