Condições intervenientes na geração de biogás de resíduos recém dispostos em aterro sanitário e com um ano de aterramento.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: MARQUES JUNIOR, Francisco Auriberto Ferreira.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/12675
Resumo: A geração de biogás em aterros sanitários é influenciada por diferentes condições atreladas aos fatores ambientais locais, às características físicas e químicas dos resíduos aterrados e aos aspectos relacionados à operação dos aterros. No período que compreende o primeiro ano de aterramento dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) acontecem as maiores interferências no processo biodegradativo que vão influenciar na velocidade de degradação posterior e, consequentemente, na geração de biogás em aterros. O objetivo do presente estudo foi verificar as interferências operacionais e meteorológicas nas condições físico-químicas e geração de biogás de resíduos sólidos recém dispostos em Aterro Sanitário e com um ano de aterramento. A área de estudo foi o Aterro Sanitário em Campina Grande-PB (ASCG). Foram realizadas duas campanhas de ensaios envolvendo: as coletas de RSU recém dispostos no ASCG e com um ano de aterramento, a composição gravimétrica e a realização de ensaios físico-químicos dos RSU aterrados, o monitoramento das condições meteorológicas e operacionais do ASCG e, por último, a realização do teste de Potencial Bioquímico do Metano (BMP) para estimar, experimentalmente, o volume de biogás gerado pela biodegradação dos RSU com um ano de aterramento. Com os resultados obtidos nesse estudo, destaca-se que, as condições que favoreceram o processo de decomposição dos resíduos no ASCG para a geração de biogás, durante o primeiro ano de aterramento, foram: a composição gravimétrica, a precipitação pluviométrica, a umidade relativa do ar, a massa de RSU aterrada, a recirculação de lixiviado e os indicadores físico-químicos de pH, alcalinidade, umidade, Sólidos Voláteis (SV) e Demanda Química de Oxigênio (DQO). Já as condições que, possivelmente, limitaram o processo biodegradativo, foram: a evaporação e os teores de Nitrogênio Amoniacal Total (NAT) dos RSU. O teste de BMP sugere um bom potencial energético do ASCG, sendo verificados volumes de biogás acumulado de até 186,97 NmL, pela decomposição dos resíduos sólidos orgânicos, em apenas 24 dias de experimento. A aquisição de dados sobre os resíduos aterrados permitiu entender a evolução do processo biodegradativo no primeiro ano de aterramento e obter uma boa estimativa da produção de biogás pelos RSU do ASCG. O estudo das relações entre as condições meteorológicas, operacionais e físico-químicas dos RSU consistiu em uma importante ferramenta para analisar o comportamento da biodegradação dos resíduos em aterros sanitários, e pode subsidiar projetos futuros de aterros, principalmente os que visem implantar sistemas de aproveitamento energético do biogás, em condições semelhantes aos do estudo implementado.