Etnografando a Pitombeira (Várzea/PB) – disputas e divergências entre origens e direitos a [uma] identidade quilombola.
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4102 |
Resumo: | Considerando o crescente aumento nas demandas pelo reconhecimento de comunidades remanescentes de quilombo desencadeado pela promulgação do Artigo 68 do ADCT da Constituição Federal de 1988, a presente dissertação realizada junto à comunidade da Pitombeira situada no município de Várzea/PB, objetiva apresentar algumas reflexões a respeito do processo de reconhecimento da identidade étnica quilombola daquele grupo. Para tanto, realizamos uma pesquisa na qual buscamos situar a relação entre os assim chamados negros da Pitombeira e os igualmente identificados negros do Talhado. Num primeiro esforço de compreensão nos deparamos com a existência da centenária Festa do Rosário, comemorada em Santa Luzia, e que se viu associada a presença dos negros na região. Ao etnografar a festa percebemos que estávamos diante de uma relação entre negros e a cidade de Santa Luzia, na qual se faz presente uma multiplicidade de identidades negras. A seguir, procuramos entender como se fez o processo de reivindicação da identidade quilombola no caso da Pitombeira e de que modo hoje em dia se faz presente aquilo que chamamos de uma agenda quilombola. Para tanto, trazemos para a construção do texto informações referentes ao cotidiano dos moradores da Pitombeira, enfatizando algumas das articulações de seus moradores não apenas de modo interno, mas também com pessoas externas àquele universo. A realização da pesquisa nos permitiu considerar que existe uma diferenciação entre ser negro da Pitombeira e ser identificado como negro de outra localidade. E que o sentimento de pertencimento daqueles que fazem parte da Pitombeira é marcado pela partilha de uma origem (quer seja ela subjetiva ou real) e costumes, bem como da estigmatização sofrida por eles na região. Sendo com base em tais elementos que o grupo, em 2005, se articulou enquanto sujeitos de direito em busca do seu reconhecimento enquanto remanescente de quilombo. |