Cultivo de algodoeiro de fibra colorida sob restrição hídrica e aplicação de quitosana

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: NUNES, Kheila Gomes.
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande; Brasil; Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN; PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA; UFCG
• Palavras-chave em Português: Semiárido; Biopolímero; Gossypium hirsutum L.; Semiarid; Biopolymer; Engenharia Agrícola
• Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/40915

A região semiárida do Brasil, se destaca pela prática da cotonicultura como uma fonte de geração de emprego e renda. Todavia, a expansão das áreas de produção pode ser afetada pela ocorrência da variação temporal e espacial de chuvas, que juntamente com outros fatores climáticos, podem resultar em uma redução dos recursos hídricos disponíveis para irrigação, afetando o crescimento e desenvolvimento das culturas agrícolas. Nesse sentido, é necessário identificar estratégias para produzir com segurança e atenuar os efeitos prejudiciais da restrição hídrica, a exemplo do uso do biopolímero de quitosana, que é uma alternativa promissora, podendo contribuir para melhoria na absorção de água e nutrientes, redução da transpiração além da atuação no sistema antioxidante das plantas. Com base no que foi exposto, objetivouse com este estudo, avaliar o efeito das concentrações de quitosana na morfofisiologia e nos componentes de produção do algodoeiro de fibra colorida ‘BRS Jade’ sob restrição hídrica. As plantas foram conduzidas em lisímetros de drenagem sob condições de casa de vegetação em Campina Grande – PB, por meio de delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 2 × 4, sendo duas lâminas de irrigação (100 e 50% da necessidade hídrica da cultura) e quatro com concentrações de quitosana (0,0; 0,25; 0,50 e 0,75 g L-1) com três repetições. Aplicação foliar do biopolímero de quitosana entre as concentrações de 0,25 e 0,50 g L-1 mitigou os efeitos da restrição hídrica no extravasamento de eletrólitos no limbo foliar, as trocas gasosas, a síntese de pigmentos fotossintéticos, a fluorescência da clorofila a, o crescimento em diâmetro do caule e área foliar e incremento no peso de capulho por planta, na massa do algodão em pluma, no peso de 100 sementes, peso médio de capulho, massa de algodão em caroço, fitomassa seca total de capulhos, do caule, de folhas e da parte aérea e na eficiência no uso da água. As concentrações de 0,25 a 0,50 g L-1 promoveram melhorias na porcentagem de fibra, uniformidade, maturidade, alongamento a ruptura, resistência de fibra e índice de micronaire. Mas, a quitosana não mostrou benefícios no comprimento nem no índice de fibra curta do algodoeiro ‘BRS Jade’ sob restrição hídrica em concentrações acima de 0,γκ g L⁻¹. Sendo assim, os resultados do estudo validam a hipótese de que a aplicação foliar de quitosana atenua os efeitos adversos da restrição hídrica no cultivo de algodoeiro de fibra colorida.