Influências da salinidade da água e temperatura do ar na produção de ovos de codornas japonesas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: RODRIGUES, Ladyanne Raia.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4569
Resumo: A qualidade da água é um fator crítico de sucesso para o bom desempenho animal, sendo que as aves consomem duas a três vezes mais água do que ração, e na região semiárida a demanda por água para o consumo é elevada, o que favorece a prática das atividades de pequeno porte, devido o consumo de água ser menor. Objetivou-se avaliar as influências da salinidade da água e da temperatura do ar sobre o desempenho, qualidade de ovos, parâmetros fisiológicos e morfometria de órgãos de codornas japonesas na fase de produção. A pesquisa foi desenvolvida em duas câmaras climáticas com controle automático de temperatura e umidade relativa do ar, localizadas na área experimental do Laboratório de Construções Rurais e Ambiência, da Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola, Universidade Federal de Campina Grande. Foram utilizadas 394 codornas japonesas, distribuídas em delineamento inteiramente casualizado em um arranjo fatorial 2x4, sendo duas temperaturas (24 e 32 ºC) e quatro níveis de salinidade (1,5, 3,0, 4,5 e 6,0 dS/m), totalizando oito tratamentos com seis repetições e oito aves por unidade experimental. O período experimental foi de 84 dias divididos em quatro períodos de 21 dias. No final de cada período experimental foram avaliados o desempenho produtivo das aves: consumo de ração (g/ave/dia), consumo de água (ml/ave/dia), produção de ovos (%), peso dos ovos (g), massa de ovo (g/ave/dia) e conversão alimentar (kg/kg e kg/dúzia), a qualidade dos ovos: peso e percentagem de gema, albúmen e casca, gravidade específica (g/mL) e espessura da casca (mm) e os parâmetro fisiológicos: frequência respiratória (FR), temperatura cloacal (TC) e temperatura superficial corpórea (TSC). No final do período experimental foi realizado o abate de duas aves por parcela, totalizando 96 aves as quais foram submetidas a jejum de sólidos por doze horas, em seguida sacrificadas, depenadas, evisceradas e submetidas à separação e pesagem individual dos órgãos: coração, fígado e moela. Os dados foram submetidos a análise de variância, havendo diferença significativa as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5%. Os níveis de salinidade não afetaram o desempenho produtivo, a qualidade dos ovos, as variáveis fisiológicas e o peso dos órgãos, exceto para espessura da casca e peso da moela, que apresentaram efeito linear à medida que se aumentou os níveis de salinidade. A temperatura ambiente afetou as variáveis de desempenho e qualidade de ovos, com valores superiores para os animais mantidos na temperatura de 32oC. A frequência respiratória, temperatura cloacal e temperatura superficial corporal foram mais elevadas na temperatura mais alta, porém, se mantiveram dentro da média considerada normal para a espécie. O peso da moela foi afetado pela temperatura de estresse e pelo nível de salinidade mais elevado, onde foi verificado maior peso da moela. Codornas japonesas na fase de produção podem consumir águas com níveis de salinidade até 6,0dS/m sem ter o desempenho produtivo, a qualidade dos ovos, os parâmetros fisiológicos e a morfometria dos seus órgãos afetados e ser criadas em ambiente com temperaturas de até 32ºC por um período diário de 12 horas pois, mesmo a temperatura tendo afetado alguns dos parâmetros estudados, as codornas mantiveram a homeotermia.