Biodegradação de poli(ácido lático) e polipropileno por Psilocybe castanella em processo de fermentação de resíduo de coco verde.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: ABREU, Patrícia Marinho Sampaio.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Ciências e Tecnologia - CCT
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PROCESSOS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
MnP
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/27997
Resumo: O consumo de produtos poliméricos ao longo dos anos vem gerando grande número de resíduos, que se acumulam nos oceanos e aterros, resultando graves problemas ambientais. Basidiomicetos são fungos produtores de enzimas que hidrolisam polímeros de subprodutos lignocelulósicos em processos fermentativos e têm despertado o interesse acadêmico e tecnológico por apresentar características desejáveis na degradação de produtos poluentes recalcitrantes. Nesse sentido, esta pesquisa avaliou a produção de enzimas por Psilocybe castanella CCIBt 2781 em processo de fermentação semissólida (FSS) utilizando resíduo agroindustrial, com foco na biodegradação de poli(ácido lático) (PLA) e polipropileno (PP) de copos descartáveis. O fungo foi cultivado em resíduo de coco verde com adição de farinha de soja de forma a manter C/N de 32, com e sem adição de corante têxtil sintético Azul Brilhante de Remazol R (RBBR), usado como mediador enzimático. As atividades de lacase foram determinadas pela oxidação do ABTS e manganês peroxidase (MnP) pela oxidação do vermelho de fenol. Os maiores valores de atividade foram obtidos com 5 dias de fermentação (272,13 UL-1 e 112,04 UL-1). As enzimas apresentaram pH e T ótimos, de 4,8 e 60ºC. A degradação foi avaliada pelas propriedades e a morfologia dos polímeros, por microscopia ótica (MO) e eletrônica de varredura (MEV), por análise termogravimétrica (TG) e calorimetria exploratória diferencial (DSC) e por espectroscopia na região do infravermelho com transformada de Fourier (FTIR) e difração de raios X (DRX). A morfologia indicou que houve crescimento micelial sobre as superfícies dos polímeros, confirmando a produção de biomassa fúngica. Após 60 dias de incubação, foi observado o aparecimento de subprodutos de degradação. As análises DSC e DRX indicaram que o tempo de exposição levou à diminuição da Tcc do PLA e redução da fase amorfa e por consequência, o aumento na cristalinidade. Os espectros de FTIR indicaram a ocorrência de modificações que envolvem oxidação com o aparecimento de bandas intensas características de degradação desses materiais.