“Al parecer, la mujer completa y cumplida es la mujer casada”: circulação de discursos sobre os corpos das “senhoras do lar” em manuais de “boas maneiras” do Brasil e da Colômbia (1950-1960).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: RIBEIRO, Thalita Mariana Moura.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/28382
Resumo: Em manuais de condutas escritos nas décadas de 1950 e 1960 e disseminados no Brasil e na Colômbia e relançados nos anos subsequentes pelas suas respectivas editoras, eram estipuladas normas de condutas geralmente pensadas para perpetuar o que era compreendido por bons hábitos pelos seus autores em busca da modernização do corpo feminino, aqui nesta pesquisa objetivamos pensar três manuais de condutas brasileiros e uma revista feminina colombiana, sendo respectivamente “Aprenda as Boas Maneiras” escrito por Dora Maria (1961), “Tudo o que uma dona de casa deve saber” de Vera Sterblitch (1958), “Boas maneiras e outras maneiras” de José Tavares de Miranda (1965), enquanto que a revista se denomina “Gloria” pela Fabricato (1946-1952). Nas fontes analisaremos como foram desenhadas normas em referência à beleza feminina, ao casamento e à conduta materna e, dessa forma, pensar o que era compreendido como senhora do lar ideal e de que modo eram representadas as normas. Nesse contexto, a senhora apreendia conceitos sobre si e sobre sua função na manutenção do lar e no cuidado para com a família. As funções que exerce naquele espaço são levados em consideração, sobre a metodologia de dicas e conselhos, o lar assume novas perspectivas, muito aquém de mera habitação, o espaço é lido como um campo de experiências e nessa forma de leitura em detrimento à pesquisa historiográfica a senhora assume papel de protagonista. Para tanto, utilizaremos metodologicamente o conceito de análise de discurso das fontes desenvolvido por Michel Foucault, pois este compreende o discurso como prática, como uma produção em curso no meio das relações de interesse e poder entre os seres viventes no ambiente doméstico, que corrobora com o desenvolvimento do ambiente público, pois uma família feliz, segundo a literatura de normalidade, é aquela que segue as normas e, consequentemente, são cidadãos mais produtivos para a perpetuação do prosseguimento moderno das Nações.