Conteúdos de língua portuguesa em videoaulas do projeto “Enem na palma da mão”.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: SILVA, Vanessa Luciene Pereira da.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM E ENSINO
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/12330
Resumo: O advento dos recursos tecnológicos e sua inserção nos diferentes contextos sociais constituem-se como a emergente era digital. Do mesmo modo que presenciamos mudanças por conta da chegada das tecnologias de comunicação em épocas passadas, convivemos com a diversificação e interferência dos aparatos digitais em casa, no trabalho, na escola. Este impacto é recorrente e tem exigido tanto dos professores como dos alunos a obtenção de novas habilidades e estratégias que correspondam às exigências da atual sociedade com o intuito de se garantir no mercado de trabalho, enquanto cidadãos envolvidos e profissionais que dialogam com um mundo digital em construção (DUDENEY; HOCKLY; PEGRUM, 2016). Com base na reflexão sobre as implementações tecnológicas na área educacional, este estudo será conduzido pelos seguintes questionamentos: Quais estratégias de abordagem de conteúdos de Língua Portuguesa predominam em videoaulas do Projeto “ENEM na palma da mão?” e Qual a relação entre estas estratégias presentes nas videoaulas do referido Projeto e a concepção de ensino de Língua Portuguesa? No intuito de respondê-las, estabelecemos como objetivo geral investigar o funcionamento didático-pedagógico das videoaulas do Projeto, e, de modo específico, identificar aspectos didáticos por elas produzidos; caracterizar a sua estrutura composicional e conteúdos temáticos do gênero videoaula; e analisar a relação que se estabelece entre as estratégias utilizadas para mobilizar os conteúdos e a concepção de ensino veiculada. Nossa pesquisa tem características de natureza qualiquantitativa, sob um viés descritivo-interpretativista, cujo corpus de análise se define a partir da produção de treze videoaulas, distribuídas em torno dos temas: Leitura multimodal, Variação linguística, Concordância Nominal e Verbal e Produção de Texto Dissertativo-argumentativo presentes em um canal no Youtube (https://www.youtube.com/channel/UCSkVZmh0xB2ddNZ73_f_8LQ). Além disso, também fazemos uso de dois corpus que possibilitam triangular e sistematizar o nosso foco de pesquisa: a entrevista e o questionário. No que se refere aos fundamentos teóricos que embasam a presente investigação, definimos dois eixos centrais: o primeiro envolve as concepções de ensino, conteúdos e didatização, com base em; Geraldi (1997); Zabala (1998); Mendes (2005); Pereira (2010); Smith (2010); Ostermann e Cavalcanti (2011); Libâneo (2013); Silva (2017); e o segundo compreende os materiais didáticos presentes no ambiente digital, em específico a videoaula, tendo as contribuições de Kenski (2003); Rover et al (2006); Pfromm Netto (2011); Oliveira (2013); Moran, Masetto e Behrens (2013); Ribeiro (2013), entre outros. Os resultados sinalizam a variação de quatro tipos de estratégias de abordagem de conteúdos de LP, a saber: 1ª estratégia com percurso iniciado pela definição; 2ª estratégia com percurso iniciado pela exemplificação e concluído com definição; 3ª estratégia com percurso iniciado pela contextualização e; 4ª estratégia com percurso iniciado pela exemplificação e concluído com explicação. A recorrência destas variações fomentam diferentes concepções e abordagens de ensino, com relação de proximidade, convergência ou divergência. Em dados momentos, percebemos a presença de exemplos contextualizados como busca pela reflexão da língua, em outros o seu uso configura-se como pretexto para a aplicação de regras gramaticais.