Dormia a nossa pátria mãe tão distraída: comemorações ao sesquicentenário da independência do Brasil em Campina Grande/PB.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: ARAÚJO, Roberta Gerciane Viana de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1047
Resumo: O presente texto visa analisar o significado histórico das comemorações do Sesquicentenário de Independência do Brasil no contexto da ditadura militar, buscando analisar a indagação “Qual o significado histórico das comemorações do Sesquicentenário de Independência do Brasil no contexto da ditadura militar na Paraíba com especial ênfase em Campina Grande?”, visando especificamente explanar como se desenvolveram as comemorações aos 150 anos de independência do Brasil em Campina Grande/PB, contextualizar a construção da festa e o papel da propaganda política, e problematizar como a ditadura militar se apropriou da história. Teoricamente, este projeto se adequa na perspectiva da História Social Marxista, por tratar de lançar um olhar crítico sobre como o regime militar se apropriou das comemorações referentes ao sesquicentenário e da ostensiva propaganda para gerar uma aproximação simpática com o povo. Buscamos assim compreender a temática através dos conceitos de ideologia, hegemonia e intelectual orgânico de António Gramsci, visando uma perspectiva político-ideológica acerca do tema. Para tanto, utilizar-se-á como fonte principal de pesquisa o periódico “Jornal da Paraíba”, correspondente ao mês de setembro de 1972. Outras fontes utilizadas são o jornal Diário da Borborema, Atas da Câmara Municipal de Vereadores de Campina Grande e as correspondências enviadas e recebidas pelo Instituto Histórico e Geográfico Paraibano (IHGP) referentes ao ano de 1972. Campina Grande e a Paraíba também fizeram parte do contexto de comemorações e através da análise das fontes constatamos como a mídia do estado e as autoridades foram coniventes com o que estava ocorrendo no Brasil frente os planos militares. Através das reflexões propostas na pesquisa, identificamos que tal momento foi comemorado em todo o país e, através da propaganda, serviu como uma espécie de aproximação “simpática” do regime militar com as camadas populares, festejando sua própria história e, principalmente o presente e os planos futuros.