A análise lingüística em benefício da leitura: uma proposta para o estudo do adjetivo.
Ano de defesa: | 2007 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM E ENSINO UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2576 |
Resumo: | Faz-se prática constante em nossas salas de aula o estudo desarticulado entre uso e reflexão da língua, o que acaba por promover no aluno uma visão equivocada de independência entre o uso real da língua e os conteúdos de gramática. Partindo dessas idéias, interessava-nos descobrir, com esta pesquisa, como uma professora de 6ª série de uma escola particular, empenhada em transformar sua prática pedagógica de ensino de gramática, procederia, em sala de aula, ao tentar se afastar desse ensino tradicional. Mais especificamente, a pesquisa teve como objetivos: a) identificar e descrever o objeto de ensino construído nas aulas de Língua Portuguesa pela professora-pesquisadora; b) identificar e descrever os instrumentos semióticos mediadores da construção do objeto de ensino “adjetivo” nas aulas selecionadas para análise. Buscando, então, ir além da identificação dos problemas que permeiam o ensino tradicional de gramática, compreendemos que a produção da inovação no ensino de gramática refere-se à adoção de uma abordagem de Língua Portuguesa com foco na articulação entre texto, gênero e gramática como sugerem os documentos oficiais. Para tanto, dispusemo-nos, pois, a construir atividades que integrassem essas noções, na tentativa de substituir a prática de uso do texto como pretexto por um tratamento funcional de aspectos lingüísticos. Desse modo, mobilizamos referenciais teóricos de diferentes abordagens (sóciodiscursiva, sistêmico-funcional, e a própria gramática), na tentativa de não reduzir e não fragmentar nosso objeto de investigação; e utilizamos a metodologia qualitativo-interpretativista de natureza etnográfica, para a geração e análise dos dados. Além disso, por compreender a inovação como uma reconfiguração, impulsionada por demandas institucionais, dos modos rotineiros de agir em questões de estudo e de ensino de língua, fizemos uma rápida revisão das propostas de inovação no ensino de gramática apresentadas pela produção acadêmica e pelos documentos oficiais (PCN). Como resultado dessa revisão destacamos a imprecisão das prescrições dirigidas ao professor pelos documentos oficiais, constituídos por uma amálgama de abordagens teórico-metodológicas, bem como a solidarização de noções teóricometodológicas vindas da tradição gramatical e da teoria lingüística. Quanto ao trabalho efetivamente realizado na sala de aula, constatamos, de um lado, que os diferentes modos de inovação produzidos nas aulas analisadas são constituídos por uma inter-relação de atividades e práticas múltiplas e heterogêneas; de outro lado, que a professora que está tentando inovar sua prática de ensino de gramática produz algumas respostas comuns às demandas de inovação: desenvolve a análise lingüística com as categorias da gramática tradicional, da gramática funcional ou lingüística de texto, amparadas pela teoria dos gêneros textuais; e, para o estudo de categorias da gramática tradicional, lança mão de modos de descrição/análise disseminados pela lingüística, focalizando sobretudo a dimensão semântica da língua. Acreditamos que o presente trabalho pode contribuir para a discussão sobre a natureza e o funcionamento das práticas de sala de aula, particularmente, as que envolvem a produção da inovação no ensino de gramática. |