Estudo sorológico e molecular da infecção por Leptospira spp. em pequenos ruminantes no Semiárido Nordestino, Brasil.
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25472 |
Resumo: | A leptospirose é uma doença infecciosa e contagiosa causada por bactérias do gênero Leptospira spp. amplamente difundida no Brasil. Os pequenos ruminantes são suscetíveis à infecção gerando perdas econômicas, uma vez que determina falhas reprodutivas desses animais, bem como problemas de saúde pública, pois se trata de uma importante zoonose. O objetivo do trabalho foi detectar DNA de Leptospira spp., determinar a frequência de anticorpos específicos e proceder ao isolamento do agente em caprinos e ovinos abatidos em diferentes matadouros no Estado da Paraíba, semiárido do Nordeste brasileiro. Foram utilizados 1049 animais, oriundos de 19 matadouros municipais, sendo 500 caprinos e 549 ovinos. Para verificar a presença de anticorpos anti-Leptospira spp. foi utilizado o teste soroaglutinação microscópica (SAM), utilizando-se 24 sorovares como antígenos e ponto de corte 1:100. Amostras de rins e urina foram utilizadas para detecção molecular (PCR) e cultivo bacteriológico de leptospiras em 49 ovelhas deslanadas. A frequência de animais soropositivos para leptospirose nas 49 ovelhas deslanadas foi de 8,2% (4/49). Já o número de animais sororreagentes dentre os 1000 caprinos e ovinos analisados foi de 82 (8,2% IC95%= 7,0-10,5%), em que 26/500 (5,2%; IC95%=3,5-7,5%) eram caprinos e 56/500 (11,2%; IC95% 8,7-14,2%) ovinos. Os sorovares mais frequentes nos 1000 animais estudados foram Hardjobovis (14,6%) e Autumnalis (13,4%). Na PCR de tecido renal três animais foram positivos, enquanto que na de urina não foi detectado nenhum animal positivo. O cultivo foi negativo para todas as amostras. Conclui-se que ovinos e caprinos da região semiárida do Nordeste podem estar adaptados aos sorovares Hardjobovis e Autumnalis, bem como roedores silvestres podem estar envolvidos na transmissão da doença. Sugere-se a hipótese de que a rusticidade dos pequenos ruminantes na região estudada contribuiu para a baixa sororreatividade verificada, podendo ser estes resistentes a infecção. A PCR se mostrou uma importante ferramenta na detecção de animais portadores de leptospiras, demonstrando ser uma técnica bastante sensível mesmo em animais negativos. |