Estudo e classificação de solos lateríticos finos, arenosos e pedregulhosos naturais e melhorados com ligantes hidráulicos para utilização em camadas de pavimentos flexíveis.
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/32623 |
Resumo: | Os solos denominados “Lateríticos” correspondem a aproximadamente 20% da superfície do Planeta e podem ser encontrados em regiões intertropicais, como na América do Sul, África, Índia, Austrália. As condições geológicas e climáticas variadas, sobre as quais os solos lateríticos são formados, conferem a eles um comportamento mecânico específico. Diante disso, o desenvolvimento e o aperfeiçoamento dos procedimentos de classificação destes solos, que leve em consideração as suas propriedades mineralógicas, físicas e mecânicas, como também as concepções apropriadas do meio ambiente tropical úmido, permitirá subsidiar as suas utilizações em camadas de rodovias, para os quais ainda são pouco aproveitados. Este trabalho tem por objetivo avaliar o potencial de uso da Classificação Universal de Solos Lateríticos (CUSL) proposta por Rodrigues et al. (2010), bem como a estudar a resposta à deformação resiliente e permanente de solos lateríticos finos, arenosos e pedregulhosos, naturais e melhorados com ligantes hidráulicos, frente a utilização em camadas de pavimentos rodoviários de tráfego médio e elevado. Para isso, o programa experimental foi desenvolvido em duas fases. A primeira fase foi realizada em cinco etapas: I - Caracterização e classificação dos solos com base na CUSL, TRB, MCT e G-MCT; II - Respostas mecânica ao ensaios de carregamento estático; III - Respostas mecânica ao ensaios de carregamento repetidos; IV - Avaliação do comportamento resiliente e de deformação permanente dos solos lateríticos puros e melhorados após retração volumétrica; e V - Análises de resultados de ensaios de deformação permanente, no intuito de reduzir a quantidade de ciclos de aplicação de cargas do ensaio. Na segunda fase foi realizada uma análise de forma comparada sobre o comportamento mecânico de misturas convencionalmente empregadas em camadas de pavimentos e, além disso, foram modeladas estruturas com o objetivo de avaliar, frente a condições simuladas de tráfego, o desempenho estrutural e funcional por meio de procedimento empírico-mecanística com auxílio do software MeDiNa. Os solos lateríticos finos, arenosos e pedregulhosos apresentaram, sob condições in natura e estabilizadas quimicamente, boa resposta à deformação resiliente e permanente. A ação da retração volumétrica por secagem sobre os valores de deformação resiliente e permanente foi estabelecida neste estudo. A avaliação mecanística-empírica evidenciou o comportamento satisfatório dos materiais quando aplicados em camada de base e de sub-base de pavimentos flexíveis sob condições de simulação de tráfego médio a pesado. Observouse uma excelente correspondência entre os valores obtidos nos ensaios com 30.000 e com 150.000 ciclos de aplicação de carga, o que diminui dignificativamente o tempo de modelagem quanto a deformação permanente. Por fim, foi possível concluir que a classificação proposta por Rodrigues et al. (2010) e, neste estudo aprimorada, é viável tecnicamente e, além do mais, foi constatado o bom desempenho dos solos lateríticos quanto ao objeto de estudo desta pesquisa, o que amplia cada vez mais o banco de dados para o aprimoramento sobre as metodologias de classificação, bem como o conhecimento de suas propriedades mecânicas, visto que, apesar de sua grande disponibilidade no Brasil e em outros países, os solos lateríticos ainda são subutilizados na pavimentação. |