Utilização de águas marginais e fósforo no cultivo do pinhão-manso.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: SOUSA, Antonio Evami Cavalcante.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/987
Resumo: Objetivou-se, com esta pesquisa, avaliar a viabilidade do uso de águas de qualidade inferior na cultura do pinhão-manso cujo ponto de partida foi a análise de dois experimentos, sendo um irrigado com água residuária e outro com água salina, nos 3o e 4° ano de cultivo. As lâminas de reposição hídrica do consumo influenciam as variáveis de crescimento do pinhão-manso a partir dos 30 dias após a poda. As variáveis altura de planta e área foliar são afetadas pela interação dos fatores (RH x DP) aos 30 e 30, 60 e 90 dias após a poda, respectivamente. O peso de frutos e a eficiência do uso da água são influenciados pelas lâminas de reposição hídrica do consumo do pinhão-manso as quais, não são afetadas pelas doses de fósforo. O diâmetro de caule, número de folhas e consumo de água, são afetados linear e negativamente pela salinidade da água de irrigação. A área foliar é a única variável de crescimento influenciada pela doses de fósforo nas três avaliações e o número de folhas foi influenciado somente aos 30 DAP. A salinidade da água de irrigação a partir de 1,6 dS m"1 interfere negativamente no acúmulo de matéria seca das folhas de pinhão-manso. O consumo médio de água do pinhão-manso diminuiu 22,5% por aumento unitário da salinidade da água de irrigação durante 180 dias. O pinhão-manso demonstra sensibilidade à salinidade da água de irrigação com condutividade elétrica superior a 1,6 dS m"'. O incremento na reposição hídrica com água residuária proporcionou incremento nas trocas gasosas foliares, notadamente na taxa de assimilação de carbono. O teor dos elementos obedeceu à seguinte ordem decrescente nas folhas: N > K > Mg > Ca > P > Na > S > Fe > Mn > Zn > Cl > Cu. Com o aumento da reposição hídrica os teores foliares de P, Zn e Cu aumentaram enquanto no limbo foliar os teores de Cl, Mn e Na decresceram suas concentrações. As doses de P2O5 aplicadas não influenciaram nos teores de nenhum dos elementos estudados. A salinidade da água de irrigação prejudica as plantas de pinhãomanso, provocando reduções na condutância estomática, perda nas taxas de transpiração e de fotossíntese, além de aumento na temperatura foliar. O teor foliar dos nutrientes e o elemento sódio obedeceram à seguinte ordem: K > N > Cl > Ca > Na > Mg > P > S > Fe > Mn > Zn > Cu. Com exceção do cobre todos os nutrientes e elementos avaliados aumentaram com o acréscimo da salinidade da água de irrigação. O teor máximo de N e K nas folhas do pinhão-manso foi obtido com uma CEa de 2,2 dS m" . A menor dose de P2O5 utilizada é suficiente para permitir o desenvolvimento da planta durante o período experimental. Os níveis de irrigação influenciaram os componentes de produção, como emissão de inflorescência, número de cachos, número de frutos e peso de 100 sementes. O teor de óleo foi influenciado significativamente pelo nível de reposição hídrica, ocorrendo um acréscimo de 11,51% no nível 1,25 de reposição hídrica. O acréscimo das doses de fósforo influenciou, entre as variáveis em estudo, apenas o número de cachos. O número de dias para emitir a inflorescência, número de cachos por planta, produtividade de grãos e o teor de óleo das sementes de pinhão-manso, foi afetado negativamente pelo aumento da salinidade da água de irrigação. A cultura do pinhãomanso irrigado com água de condutividade elétrica de 1,3 dS m"1 atinge, em média, perda de 10% da massa e, consequentemente, do teor de óleo em suas sementes. Há correlação positiva entre o peso de 100 sementes e teor de óleo das sementes de pinhão-manso. Só o número de dias para emissão da inflorescência foi afetado pelas doses de fósforo. Plantas de pinhão-manso irrigadas com 100% da capacidade de campo com água residuária apresentam redução na produção de massa e área foliar, comparando-se com as plantas irrigadas com água de abastecimento. Esta espécie apresenta a capacidade de se ajustar osmoticamente a partir da síntese de glicina betaína; contudo, demonstra que o acúmulo de prolina no tecido não é efetivó para o ajustamento osmótico devido aos seus baixos teores acumulados no tecido. A aplicação de lâminas de reposição hídrica com efluente doméstico no solo ocasionou elevação no pH, conforme aumenta a disponibilidade hídrica. Porém, o efeito sobre o potássio foi inverso. Com relação às doses de P2O5 no perfil do solo, não se detectou efeito sobre os elementos em estudo.