Ureia protegida com diferentes encapsulantes lipídicos para liberação controlada em dieta de cabras em lactação.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: CAMPOS, Amanda Costa.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/9425
Resumo: O nitrogênio não proteico disponibilizado pela ureia é utilizado para suprir as exigências proteicas dos animais. Entretanto, existe um problema de intoxicação dos mesmos pela ureia, o que limita a utilização desse ingrediente nas dietas fornecidas aos animais. Sendo assim, o objetivo com este estudo foi avaliar os efeitos promovidos pelo fornecimento de ureia protegida em diferentes encapsulantes lipídicos (gordura vegetal, ceras de abelha e carnaúba), sobre o desempenho e níveis séricos de cabras leiteiras em região semiárida brasileira. Foram utilizadas quatro cabras leiteiras mestiças de raça Alpina, multíparas, com estágio de lactação médio de 70 ±5,0 dias após o parto, mantidas em regime de confinamento, alocadas em baias individuais parcialmente cobertas com telhado de fibrocimento, com acesso livre à dieta total e água potável. O ensaio experimental foi arranjado em um quadrado latino (4x4), onde o quadrado foi composto por quatro animais, quatro tratamentos e quatro períodos de 13 dias (10 dias para adaptação às instalações e dietas, e três dias para coletas de dados). Os tratamentos foram os seguintes: T1 = controle, correspondendo a uma única fonte de nitrogênio proveniente do farelo de soja, T2, T3 e T4 onde foi utilizado a ureia encapsulada com cera de abelha, cera de carnaúba e gordura vegetal, respectivamente. A proporção da substituição parcial do farelo de soja pela ureia encapsulada foi de 75% de farelo de soja e 25% do encapsulado. A fonte de volumoso foi a silagem de milho, e a fonte de concentrado os farelos de milho e de soja e sal mineral. Foi observado que a utilização da ureia encapsulada com gordura vegetal e ceras de abelha e de carnaúba, em substituição parcial à proteína bruta do farelo de soja na dieta de cabras em lactação, não influenciou no consumo de matéria seca e conversão alimentar, entretanto, alterou o consumo de alguns nutrientes como nitrogênio insolúvel em detergente neutro, nitrogênio insolúvel em detergente ácido. Além disso, o uso da ureia encapsulada não interferiu na produção de leite e parâmetros fisiológicos dos animais. Observou-se também que a inclusão de ureia encapsulada na dieta dos animais não afetou a saúde dos mesmos, visto que não apresentaram sinais clínicos e metabólicos de intoxicação por ureia. Portanto, os encapsulantes lipídicos testados nessa pesquisa, são eficazes quanto a liberação gradual do nitrogênio não proteico.