Método empírico para avaliação da qualidade da água de irrigação.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1993
Autor(a) principal: SILVA JUNIOR, Luiz Gonzaga de Albuquerque.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/11929
Resumo: Estudando a qualidade da água de irrigação de diferentes fontes e sua variação no tempo em 54 propriedades assistidas pelo Subprograma Geração e Adaptação de Tecnologia (GAT), vinculado ao Programa de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico para o Nordeste (PDCT/NE) nos Estados do Rio Grande do Norte (RN), Paraíba (PB) e Ceará (CE), MEDEIROS (1992) verificou relações empíricas altamente significativas entre a condutividade elétrica da água de irrigação (CEa) e diferentes características químicas utilizadas em diversos esquemas de classificação da qualidade de água. O presente estudo teve por objetivo estudar a viabilidade de uso da CEa de irrigação, para determinação de outras características consideradas indispensáveis, visando agilizar, baratear e simplificar a avaliação da qualidade da água. O trabalho foi desenvolvido utilizando-se os mesmos resultados de analises químicas, citados nos estudos de MEDEIROS, servindo para avaliação do grau de confiabilidade das equações encontradas com os quais fizeram-se também estudos complementares. Numa segunda etapa, para avaliação da aplicabilidade das equações, utilizou-se um outro banco de dados, este extraído dos arquivos do Laboratório de Irrigação e Salinidade (LIS) da UFPB. Partindo-se apenas com os resultados da CEa e usando-se as equações desenvolvidas, estimaram-se algumas características químicas imprescindíveis na avaliação da qualidade da água. Os resultados foram submetidos a classificação, segundo propostas de RICHARDS (1954) e FAO citada por AYERS & WESTCOT (1991), e comparados com os dados originais. Para os dados do GAT, a estimativa correspondeu ao esperado, obtendo-se cerca de 6% das amostras situadas fora do intervalo de confiança de 95%, calculados para as respectivas equações. Os dados do LIS, no entanto, apresentaram um índice de 11%, portanto acima do esperado. No que diz respeito as classificações, ambos bancos de dados comportaram-se semelhantemente, encontrando-se em torno de 75% das classes com estimativa idênticas aos dados originais, quando considerado os critérios de AYERS & WESTCOT (1991). Segundo as propostas de classificação de RICHARDS (1954), foi encontrado que 88,9% e 86,1%, dos dados do GAT e do LIS, respectivamente, tiveram estimativa das classes correta. Para níveis baixos de CEa (<0,75dS/m) o índice de acerto foi de 100%. O comportamento dos sais mostrou que, em termos médios, nas águas com concentrações muito baixas (CE < 0,60dS/m) o teor de HC03 predomina sobre o CI e os teores de Na, Ca e Mg encontram-se em níveis relativamente próximos. No entanto, para águas com CEa elevadas, ha predominância do Cl sobre o HC03 e do Na sobre o Ca e Mg. As equações mostraram que podem ser usadas para fins de levantamento exploratórios, no entanto, a aplicação em campo, em pesquisas e em avaliações criteriosas da qualidade da água, a metodologia apresentou limitações, necessitando de estudos complementares.