Adubação orgânica e mineral na composição química e produção do milheto (Pennisetum glaucum) no semi-árido.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: NICOLAU SOBRINHO, Wlademir.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3348
Resumo: Devido à alta resistência à seca e adaptação a solos de baixa fertilidade, rápido crescimento e boa produção de massa e de grãos, o milheto (Pennisetum glaucum) é uma alternativa agrícola promissora para a região semi-árida do Nordeste Brasileiro. Com o objetivo de avaliar o efeito da adubação orgânica e mineral na produção do milheto, foi realizado um experimento em um solo Luvissolo Crômico, na fazenda experimental “NUPEARIDO”, domínio da UFCG /CSTR / PB. Após a capina da área experimental, as parcelas de 13,44 e 8,00m2 de área total e útil, respectivamente, foram demarcadas. Em seguida procedeu-se em quatro parcelas a semeadura do feijão macassar, leguminosa usada como adubação verde, a qual foi incorporada ao solo 45 dias após a germinação. Os tratamentos consistiram de testemunha, leguminosa, NPK, esterco bovino ou esterco caprino, com 4 repetições totalizando 20 parcelas. O esterco caprino e bovino foi aplicado no solo na dosagem de 3,4 kg.m-2, a leguminosa 12,5 kg.parcela-1 de massa verde e a fonte mineral utilizada na adubação foi o sulfato de amônio, superfosfato simples e o cloreto de potássio nas dosagens de 25,2; 22,2 e 3,3 g.m-2. A semeadura do milheto obedeceu ao espaçamento de 0,8m x 0,4m por parcela. A coleta de dados de altura, comprimento de entrenó, diâmetro do colmo, número de perfilhos e número de folhas ocorreram 35 dias após a germinação. 60 dias após a germinação se efetuou o corte do milheto para coleta de dados adicionais de número de panículas, massa verde, massa seca, massa da panícula fresca e seca, massa de mil sementes, massa de sementes secas, massa seca do sabugo e massa da cariopse mais hilo. Realizou-se ainda análise da composição química e bromatológica da parte aérea do milheto. Os resultados demonstraram que os estercos caprino e bovino aplicados no solo aumentaram a altura, comprimento do entrenó, diâmetro do colmo, número de perfilhos, número de panículas, massa verde, massa seca, massa de panícula fresca e seca, massa de mil sementes, massa de sementes secas, massa seca do sabugo e massa da cariopse mais hilo. Os teores de N na parte aérea da planta foram maiores na testemunha, os de P foram maiores com aplicação de estercos, os de K, Ca e Mg praticamente não diferiram e os de S exibiram superioridade com a aplicação de NPK e estercos. Os teores de B, Cu, Fe, Mn e Zn não apresentaram diferenças. O acúmulo dos nutrientes N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Mn e Zn presentes na forragem foram maiores com a aplicação de estercos, com significância para Mn e Zn. A análise bromatológica revelou diferenças significativas para a variável proteína bruta e fibra em detergente neutro, não ocorrendo diferenças para a variável fibra em detergente ácido e material mineral. Conclui-se que o milheto apresentou alta produtividade nas condições Semi-áridas do Estado da Paraíba.