Tratamento de lodo primário de estação de tratamento de efluentes e aplicação de protocolo de avaliação.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: GUIMARÃES, Diane Leal.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Ciências e Tecnologia - CCT
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4131
Resumo: O lodo primário resultante de estação de tratamento de efluentes de curtume é classificado de acordo com a Norma 10.004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas, como Classe I, ou seja, perigoso, representando um problema para as empresas, no tocante ao seu gerenciamento. Atualmente, o lodo tem sido lançado em rios ou enterrado no solo e depositado nos pátios das indústrias, constituindo-se num passivo ambiental. O objetivo principal deste trabalho foi realizar o tratamento deste lodo e avaliar o material resultante da estabilização por solidificação aplicando o protocolo específico de avaliação deste processo. O presente trabalho foi realizado no laboratório de gestão ambiental e tratamento de resíduos, pertencente à Unidade Acadêmica de Engenharia Química, da Universidade Federal de Campina Grande. A pesquisa compreendeu as seguintes etapas: Na primeira, foi realizado o planejamento do experimento, em que foi utilizado o fatorial 22 com três pontos centrais. Os fatores adotados no trabalho foram o tempo e percentagem de lodo. Os níveis do fator tempo foram 7, 14 e 28 dias e para o fator percentagem de lodo foram adotados os níveis 5, 25 e 45%. Nesta etapa foi proposta a otimização do processo ampliando e reproduzindo os melhores resultados. Na segunda etapa foi realizada a análise estatística dos dados, através da Análise de Variância, para decidir com certo nível de confiança, se os efeitos são significativamente diferentes entre si, além da sua interação e curvatura. A terceira etapa envolveu a caracterização dos materiais (lodo e argamassa de cimento), através dos ensaios de teor de umidade, sólidos totais, fixos e voláteis, lixiviação e solubilização de metais pesados e a preparação dos corpos-de-prova. Na quarta etapa foi realizada a avaliação dos materiais submetidos à estabilização por solidificação. Com a realização deste trabalho pode-se concluir que o fator tempo e percentagem de lodo primário influenciaram na integridade/durabilidade e imobilização dos contaminantes. O melhor resultado foi para baixa quantidade de lodo e maior tempo de cura do material final, ou seja, 2,5 e 5% de lodo e 28 dias, que representaram, respectivamente, 97,79% e 86,58% de eficiência de redução de cromo. Com a aplicação do Protocolo foi possível classificar e indicar as rotas de disposição e utilização do material final. Neste caso, o tratamento com 2,5% de lodo foi denominado não perigoso e estabilizado por solidificação com restrição, enquanto que o tratamento com 5% foi denominado solidificado com restrição podendo ser disposto em célula especial em aterro sanitário industrial.