Transição de cúmulos rasos para cúmulos congestos na configuração do ciclo diário da precipitação.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: FIGUEIRA, Waléria Souza.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/26536
Resumo: O objetivo deste trabalho foi estudar o papel dos cúmulos congestos na configuração da convecção profunda na Amazônia. O esquema de convecção rasa do modelo BRAMS foi ajustado, inserindo o estágio de transição de cúmulos rasos para cúmulos congestos, visto que sua parametrização é ainda mais importante quando o estudo se refere às regiões tropicais. Para tal, foram realizados três experimentos: no primeiro experimento controle (EXP-CTRL), o modelo foi inicializado em sua forma original e nos demais (EXP-AJUST1 e EXP-AJUST4), o modelo foi integrado para as mesmas condições que o controle, porém com o devido ajuste realizado no código do BRAMS, com o modelo sendo dotado da capacidade de produzir alguma precipitação após atingir o estágio de cúmulos congestos, antes da formação da convecção profunda. O modelo foi integrado para um período de 270 horas, com resolução espacial de 20 km, para um domínio centrado sobre o Amazônia. A análise do ciclo diário médio da precipitação convectiva e do perfil vertical termodinâmico foi feita em duas áreas distintas localizadas em Manaus-Amazonas. De forma geral, os resultados mostraram que houve diferenças notáveis no perfil termodinâmico da baixa atmosfera devido à implementação do novo ajuste. Foi observado que o efeito da precipitação produzida pelos congestos intensificou e deslocou os máximos valores de aquecimento e secagem da convecção rasa nos experimentos ajustados, como consequência de parte da sua precipitação ter sido usada para molhar e resfriar a superfície, aumentando os fluxos de calor e o suprimento de umidade nos níveis mais baixos da atmosfera. O horário de máxima atividade dos congestos reduziu substancialmente a precipitação convectiva final entre 08 e 12 HL, principalmente no experimento EXP-AJUST4 do que em EXP-AJUST1, uma vez que estabilizaram o ambiente momentaneamente, adiando assim o processo de formação da convecção profunda, que teve seu máximo entre 16 e 19 HL, ou seja, um retardamento da convecção profunda ocorreu como consequência do pré-condicionamento da atmosfera pelos cúmulos congestos, o que está de acordo com as observações.