A ascensão de Jair Bolsonaro ao planalto: a invisibilidade feminina e as performances de uma masculinidade heteronormativa como elementos de mobilização política.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: ANTONINO, Rafael Maracajá.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33604
Resumo: Esta Tese tem como objetivo estudar o processo de ascensão de Jair Messias Bolsonaro ao Palácio do Planalto, compreendendo o fenômeno através da sua página do Facebook. Tivemos como desafio analisar os aspectos que foram canalizadas politicamente por um Capitão do Exército enquanto ele caminhava até o cargo eletivo mais importante do país. Para tanto, primeiro fizemos um recorte mais geral através das questões neoliberais, observando dentro desse contexto a força do neoconservadorismo e, finalmente, dirigimos nossa reflexão para as questões de gênero. Nesse percurso, coletamos as postagens com imagens entre junho de 2013 e outubro de 2018 (período que compreende sua entrada na rede até a vitória para Presidente) do referido núcleo digital, transformando posteriormente em dados quantitativos. Em seguida avançamos em outras formas de abordagem trazendo como o militarismo foi a porta de entrada da família na política e que eles não cediam espaço para outros atores da direita enquanto protagonistas da rede. Ao final, destacamos a hiperexposição da sexualidade infantil enquanto instrumento de afloramento do ódio contra setores da esquerda, transmitindo a ideia de caos moral e apontando o campo religioso/militar como instrumento de salvação. E, por fim, destacamos como a invisibilidade feminina e as performances de uma masculinidade heteronormativa foram mobilizadas eleitoralmente nesse itinerário de disputas da sociedade brasileira.