“A escola que produz saúde”: os serviços de assistência médico-escolar no Brasil e na Colômbia (1920-1938).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SANTOS, Laís Vasconcelos.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4415
Resumo: O presente estudo se insere no campo da Nova História Cultural e propõe analisar a circulação dos discursos que divulgaram as atividades das assistências à saúde escolar no Brasil e na Colômbia de 1920 a 1938. Destacamos que o desenvolvimento deste trabalho é necessário por trazer aproximações entre as áreas de saúde e educação, bem como, busca uma aproximação latino-americana propondo a análise de impressos veiculados no Brasil e Colômbia. Para tanto, propomos pensar as histórias conectadas por influências médicas-higiênicas. Então, como fontes utilizamos: as Atas das Conferências Sanitárias Pan-Americanas. Na sequência, adotamos as revistas: A Escola Primária (Rio de Janeiro) e a Salud y Sanidad (Bogotá), bem como consideramos os livros A fada Higia (Brasil) e Temas de Higiene Mental Educacion y Eugenesia (Colômbia). O aporte teórico-metodológico desta investigação adotou as contribuições do Michel Foucault, para que consigamos problematizar as prescrições influenciadas pelos saberes médico-higienista para os escolares e as representações produzidas nos apoiaremos nos conceitos de biopolítica, biopoder e poder disciplinar. A análise nos possibilitou entender que a produção do saber médico a partir das Conferências Sanitárias Pan-americanas constituiu um espaço de circulação das ideias médico higienistas. Para civilizar os cidadãos brasileiros e colombianos, higienizar era preciso, e a instituição escolar compôs um espaço ideal para realizar atividades pautadas no higienismo. As escolas passaram por transformações, dentre suas mudanças, observamos adaptações de instituições escolares para receber a atuação dos profissionais de saúde. As figuras dos médicos, enfermeiras e dentistas escolares compuseram projetos nos países analisados. Os quais, também foram marcados pelas atividades de promoção da saúde e prevenção de doenças, a realização de exames físicos detalhados, recepção das ideias eugenistas e a realização da classificação e separação dos alunos. Sendo assim, ficou perceptível que as ideias higienistas por meio das práticas educativas do corpo exerceram estratégias de poder sobre os escolares impondo hábitos salutares e higiênicos.