Caminhadas na "escuridão ": (re)descobrindo a cidade de Campina Grande através das percepções sensoriais dos deficientes visuais (1989-2011).
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Engenharia Elétrica e Informática - CEEI PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/436 |
Resumo: | O lugar de onde falo e os caminhos pelos quais percorro me trouxeram inquietações e motivações para desenvolver esta pesquisa, que se propõe a analisar o modo como as experiências urbanas vivenciadas pelos deficientes visuais na cidade de Campina Grande lhes permitem construir e desenvolver suas percepções sensoriais através dos diversos contextos de mudanças sócio-espaciais ocorridas na cidade durante o período de 1989 e 2011. Partindo da perspectiva de diferentes compreensões que a pessoa com deficiência visual nos permite fazer sobre a cidade, dividimos nosso trabalho em três capítulos, nos quais iremos conhecer e analisar três trajetórias de vida e de experiências com a cidade de Campina Grande, bem diferenciadas. Entre essas experiências consideraremos o modo singular como a cegueira se apresentou em cada uma dessas trajetórias e como a vivência na cidade interferiu no processo de adaptação e aceitação da deficiência, bem como no aprendizado e descoberta de suas sensibilidades na construção de suas percepções sensoriais sobre a cidade de Campina Grande. Assim, os caminhos da nossa pesquisa foram percorridos com respaldo nas histórias de vida de cada depoente, buscando recompor em cada biografia os cortes temáticos efetuados em suas trajetórias pessoais. Desse modo, passando pelos diversos acontecimentos e conjunturas, vivenciados e experimentados por cada um deles nas mais diversas situações cotidianas, tentamos encontrar a melhor trajetória para compreendermos suas sensibilidades, dificuldades e fragilidades diante desse exercício muitas vezes tão doloroso e dramático de expor suas histórias de vida. Nesse sentido, nos aproximamos das análises Michel de Certeau, ao refletir sobre a cidade como um espaço praticado com passos que remontam caminhos de escrita da vida daqueles que a habitam. Sobre a construção desses espaços praticados no imaginário do deficiente visual, dialogamos com Yu-fu Tuan. Ao pensarmos a cidade não apenas como lugar visível, mas também sensível e imaginário nos aproximam das discussões sobre sensibilidades propostas por Sandra Jatahy Pesavento. Para compreender os estigmas e o imaginário que cercam a condição das pessoas com deficiência visual em nossa cidade, utilizamos as análises de Bruno Sena Martins. Entre outros autores que compõem e complementam significativamente nossas análises e interpretações sobre a pessoa com deficiência visual. |