Enriquecimento proteico de cactáceas por fermentação semissólida.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: SILVA, Cláudia Ramos Gomes da.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Educação e Saúde - CES
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS NATURAIS E BIOTECNOLOGIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1254
Resumo: As cactáceas são muito utilizadas como alimento, para humanos e animais, principalmente em épocas de secas prolongadas. No entanto, se forem usadas como única fonte de alimentação, poderão acarretar consequências desfavoráveis devido ao seu baixo teor proteico. O objetivo dessa pesquisa foi estudar o enriquecimento proteico das cactáceas, xiquexique (Pilosocereus gounellei (F.A.C. Weber) Byles & G. D. Rowley) e facheiro (Pilosocereus pachycladus F. Ritter), através da fermentação semissólida. O microrganismo utilizado foi Saccharomyces cerevisiae, prensada, fermento biológico fresco, sendo realizado um planejamento fatorial completo, em três níveis (32), com repetição, para cada cactácea, totalizando 36 experimentos. As variáveis de entrada foram concentração de levedura (1, 3 e 5%) e temperatura de fermentação (30, 35 e 40°C) e a resposta estudada foi aumento proteico. Antes do enriquecimento, avaliou-se o teor de água, matéria seca, pH, acidez titulável, sólidos solúveis totais, proteína bruta e resíduos minerais. Após a inoculação, as amostras foram submetidas ao processo de fermentação e nos períodos de 0, 2, 4 ,6, 8, 12, 24, 48 e 72 horas foram retiradas amostras para a realização de análises químicas. As análises estatísticas foram feitas no Statistica 8.0. A levedura apresentou uma média de 71,89 ± 1,97% de teor de água; 28,11 ± 1,97% de matéria seca; pH de 4,57 ± 0,38; acidez titulável de 4,9 ± 0,57%; resíduo mineral de 1,93 ± 0,04%; 48,02 ± 0,46% de proteína bruta. Antes da adição da levedura as amostras apresentaram os seguintes resultados: facheiro in natura (pH de 4,56 ± 0,26; acidez titulável, 6,1 ± 1,13%; teor de água, 91,66 ± a 1,10%; matéria seca, 8,34 ± 1,10%; resíduo mineral, 1,21 ± 0,06%; teor de proteína bruta de 8,32 ± 0,82% e 3°Brix). As amostras de facheiro queimado apresentaram (pH, 4,58 ± 0,10; acidez titulável, 7,4 ± 0,42%; teor de água, 89,81 ± 2,52%; matéria seca, 10,19 ± 2,52%; resíduo mineral, 1,59 ± 0,76%; teor de proteína bruta de 8,98 ± 0,31% e 1°Brix). Os resultados das amostras de xiquexique foram: in natura (pH, 4,39 ± 0,03; acidez titulável, 6,2 ± 0,07%; teor de água, 92,22 ± 2,23%; matéria seca, 7,78 ± 2,23%; resíduo mineral,1,40 ± 0,31%; proteína bruta de 5,86 ± 0,75% e 3°Brix). Xiquexique queimado: pH de 4,57 ± 0,08; acidez titulável, 6,4 ± 0,56%; teor de água, 89,29 ± 1,29%; matéria seca, 10,41 ± 1,29%; resíduo mineral, 1,65 ± 0,20%, teor de proteína bruta de 6,94 ± 0,15% e 0,5°Brix. O facheiro apresentou o maior aumento proteico (128,97%) com concentração de levedura de 5%, temperatura de 30°C, em 72 horas e para o xiquexique foram observadas porcentagens máximas de 181,57%, com 5% de inóculo, temperatura de 40°C em 24 horas. A análise de variância para as duas matrizes de planejamento experimental do facheiro apresentou R2 de 0,87 e as matrizes das amostras de xiquexique apresentaram R2 de 0,96. Com o enriquecimento proteico das cactáceas, o produtor poderá enriquecer a forragem de que dispõe em sua propriedade, diminuindo os custos com a suplementação proteica da alimentação dos animais.