“O médico disse que estou magrinho”: alimentação na infância como uma prática educativa na Paraíba (1918 a 1937).
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/616 |
Resumo: | Este trabalho teve por objetivo analisar como os anúncios publicitários de alimentação infantil, que circularam em revistas e jornais no estado da Paraíba, entre 1918 a 1937 do século XX, divulgavam práticas educativas para alimentar as crianças. Para construir esta operação historiográfica, dialogamos com a história do movimento nacional de intervenção do Estado e sua interface com o movimento sanitarista nos sertões, tendo como alvo a saúde como um dos preceitos para o desenvolvimento da nação. Problematizamos as práticas médicas com as prescrições dos alimentos, o papel da mãe com a „missão social‟ da maternidade e os discursos da eugenia e da higiene na perspectiva neolamarckiana que transformou a criança em alvo dos discursos biológicos e políticos. Os anúncios foram interpretados pelas tramas da História Cultural com a metodologia da análise do discurso, pelo prisma de Michel Foucault, através dos dispositivos da governamentalidade, da biopolítica e do biopoder. Os aspectos representativos das imagens das crianças foram interpretados pela ótica de Roger Chartier. Utilizamos como fontes os periódicos A União (1918- 1937) e a revista Era Nova (1921 e 1926). Com estes olhares teóricos, identificamos as estratégias dos anúncios com a política eugenista para vender os produtos e as influências das políticas públicas em torno das „novas‟ práticas educativas das mães alimentarem as crianças, preparando-as para serem o „futuro da Pátria‟. |