Resistência antimicrobiana em Enterobacterales isoladas de galinhas poedeiras e caipiras em condições semiáridas brasileiras.
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/36264 |
Resumo: | A produção avícola de carne e ovos no Brasil está em crescimento e gera emprego e renda não somente aos grandes produtores como também às pequenas famílias rurais, que utilizam esses produtos para subsistência. Para manter a saúde desses animais e aumentar a produtividade, o uso de antimicrobianos de modo empírico e descontrolado se elevaram, e como consequência as bactérias se tornaram reservatórios de genes de resistência aos antimicrobianos, caracterizando um problema de Saúde Pública global. Dessa maneira, os objetivos deste trabalho foram isolar e identificar microrganismos provenientes da cloaca de galinhas poedeiras e caipiras do semiárido brasileiro, caracterizar o perfil de resistência e identificar genes de resistência antimicrobiana dos isolados. Foram colhidos 330 suabes cloacais de galinhas poedeiras e caipiras criadas em condições semiáridas brasileiras (165 suabes de galinhas poedeiras e 165 de galinhas caipiras), no período de setembro de 2019 a setembro de 2020. As amostras foram submetidas a cultivo bacteriano com posterior identificação bioquímica, e nos isolados foram verificados a suscetibilidade aos antimicrobianos, teste fenotípico para produção de ESBL e identificação de genes de resistência, blaCTX-M e blaCMY. Foram isoladas 152 Enterobacteriales de galinhas poedeiras e 198 de galinhas caipiras. Os microrganismos mais frequentemente isolados de galinhas poedeiras foram E. coli (73,7%), Klebsiella spp. (13,2%), Proteus mirabilis (5,3%) e Salmonella spp. (3,3%), e para galinhas caipiras E. coli (68,2%), Klebsiella spp. (12,6%), Edwardsiella spp. (10,1%) e Salmonella spp. (3,6%) foram os mais frequentes. As bactérias isoladas de galinhas poedeiras e caipiras apresentaram maiores susceptibilidade a tetraciclina, ampicilina, norfloxacina, amoxicilina+ácido clavulânico, ertapenem, imipenem e meropenem. Foram observados 69 (45,4%) isolados com multirresistência nas galinhas poedeiras e 36 (18%) de galinhas caipiras. Os genes detectados nas amostras de galinhas poedeiras foram CTXM em oito isolados com o grupo blaCTX-M1-like (quatro E. coli e quatro Klebsiella spp.), blaCTX-M2-like identificado em seis isolados (dois E. coli, três Klebsiella spp. e um Salmonella spp.), blaCTX-M8-like em sete isolados (seis E. coli e um Klebsiella spp.) e o gene CMY-2 em nove E. coli e duas Klebsiella spp. Para as galinhas caipiras foram observados gene blaCTX-M1-like, blaCTX-M2-like e blaCMY-2 em três E. coli. Conclui-se que a emergência e disseminação de bactérias produtoras de genes de resitência, em especial a produção de CTX-M e CMY em cloacas de galinhas poedeiras em comparação das galinhas caipiras, alerta para a possível difusão destes genes de resistência na interface humana, animal e nos ecossistemas estudados. |