Comunidade e sociedade informacional: o fenômeno comunitário contemporâneo a partir da comunidade midiática Canção Nova.
Ano de defesa: | 2010 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2199 |
Resumo: | O presente estudo trata da emergência de um novo tipo de comunidade, a "comunidade midiática de vida no Espírito", sustentada em vínculos de pertença construídos e mantidos midiaticamente. As "comunidades de vida no Espírito" são associações de católicos carismáticos que, normalmente sob a liderança de um fundador ou fundadora, buscam viver a comunhão de bens cujo modelo é a comunidade cristã primitiva. Tomamos como referencial empírico para análise do fenômeno a Comunidade Canção Nova, pois embora territorialmente situada, expande-se. sobretudo por meio da televisão, agregando pessoas que passam a compartilhar de sua ideologia religiosa e desenvolvem "relações comunitárias midiáticas". Conquanto defendam fontes autônomas de conhecimento quase sempre baseadas na tradição, estas comunidades adaptam-se facilmente às demandas da contemporaneidade, não raras vezes lançando mão dos avanços tecnológicos em seu favor e inserindo-se criativamente no contexto cultural da sociedade informacional. A pesquisa mostrou que a Comunidade Midiática Canção Nova restringe apenas parcialmente a autonomia dos indivíduos, criando as condições para que se estabeleça uma relação de equilíbrio entre comunidade e individualidade. Sugerimos que neste novo contexto gerado pelas tecnologias da informação e pela midiatização da sociedade, as comunidades tendem a estar em permanente confronto positivo, obrigando-se umas às outras a refletirem frequentemente cada qual sobre a plausibilidade de seu sistema particular de valores. No seu conjunto, procura-se demonstrar que a reflexividade moderna não destruiu as relações do tipo "comunitárias", e que o fenômeno comunitário contemporâneo é "moderno" na acepção sociológica do termo. Sustentamos ainda que a emergência de comunas culturais não é apenas um novo modo de manter fontes autônomas de conhecimento em oposição ao globalismo homogeneizante, mas também uma tentativa de preservação da conquista da autonomia individual como valor inquestionável da modernidade. |