Estimativa de precipitação mediante satélite: um estudo de aplicação ao Estado do Ceará.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1992
Autor(a) principal: VALADÃO, Cati Elisa de Avila.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/10180
Resumo: O presente estudo investiga comportamento e limitações da técnica CST ("Convective-Stratiform Technique": ADLER e NEGRI,1988) quando adaptada para totais diários de precipitação. São utilizadas apenas imagens horarias do canal infravermelho do METEOSAT-4 para o Estado do Ceará (épocas: março de 1991 e Janeiro de 1992); totais diários de, no minimo, 150 postos pertencentes a Rede Pluviométrica gerenciada pela FUNCEME (Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos ) fornecem a "verdade terrestre". Regressões obtidas com base em núcleos frios associados a um pixel evidenciaram que os parâmetros originais da técnica CST não permitem estimativas confiáveis de totais diários. Os coeficientes de correlação obtidos foram inferiores a 0,30. São discutidas possíveis causas deste resultado. O método não conduz a estimativas confiáveis mas permite delinear de forma aceitável áreas de precipitação na região. O método de estimativa foi reformulado, considerando-se características espaciais e texturais das imagens, assim como alvos (áreas) ao invés de pixeis isolados. Histogramas de frequência bivariada (com relação a temperatura e seu laplaciano) evidenciam a existência de duas classes de núcleos, associados em principio a precipitação fraca (PF), com temperaturas T2 entre 240K e 270K, e intensa (PI) , com temperaturas T1 inferiores a 240K. Para caracterizar alvos PF e PI , foram definidas variáveis associadas ao desvio da temperatura media com relação a dois limiares T1 e T2. O ajuste linear bivariado da precipitação diária média com os valores acumulados dessas variáveis elevou a correlação a 0,6. Os resultados sugerem que ajustes ainda melhores poderiam ser obtidos com funções polinomiais. Entretanto, coeficientes de correlação da ordem de 0,56 já são obtidos por regressão linear simples, definindo-se uma variável associada apenas a T1, entre 240-250K. Recomenda-se realizar estudos regionais, complementados com imagens dos canais VIS e de vapor d'água, visando caracterizar a evolução de sistemas locais. Em qualquer caso, é recomendável dispor de uma rede que forneça totais horários de precipitação regional.