Não ser debandada no mundo: a construção social das donas de casa no cariri paraibano.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1996
Autor(a) principal: BARROS, Ofélia Maria de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2311
Resumo: A investigação elaborada ao longo desta dissertação teve como proposta fundamental apreender a construção social das donas de casa do Cariri Paraibano. A análise desenvolveu-se a partir do registro das práticas discursivas e não discursivas de três gerações de mulheres, "avós" com idade entre 60 e 85 anos, "mães" de 35 à 60 e "netas"com idade inferior aos 35 anos de idade. A coleta de dados se deu através da adoção de uma abordagem qualitativa na qual coletamos histórias de vidas e empreendemos a técnica da observação participante. Assim, ao longo da pesquisa foram entrevistadas 18 mulheres, residentes nas localidades dos Sítios Poço Comprido e Pelo Sinal, município de Cabaceiras região do Cariri Paraibano. No estudo, empreendemos uma análise na qual procuramos em primeiro lugar compreender como vinha se dando a sujeição dessas mulheres aos modelos dominantes de domesticidade, maternidade, modernidade e feminilidade; em segundo, utilizando os mesmos recursos procuramos compreender como ocorriam as "singularizações, ou seja, a ultrapassagem desses modelos e a forma como esse processo se dava. Para tanto, tomamos como referência os veículos transmissores dos valores morais e regras sociais junto desses segmentos como a Igreja, a família, a escola, os meios de comunicação (rádio e televisão) e o intercâmbio com outras realidades. Constatamos, então, que apesar da forte tendência implementada sobretudo na época moderna, no sentido de atribuir à mulher papéis sociais de acordo com a sua função na reprodução de filhos, na prática essa regra não se verifica completamente.