Um barco que veleje nesse (in)formar: a história pública digital em Campina Grande (2009-2020).
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/17344 |
Resumo: | A popularização das novas tecnologias digitais, no final do século XX, provocou uma série de alterações no modo como a humanidade lida com o mundo ao seu redor, conduzindo a novas formas de sentir e pensar. Essas manifestações também interferem na maneira como esses indivíduos se relacionam com o tempo e com a história, reconfigurando suas percepções a respeito do passado e interferindo diretamente na produção e no consumo de narrativas. Neste certame, nos questionamos sobre que tipo de história anda sendo produzida e compartilhada pelos suportes digitais em Campina Grande, cidade do interior paraibano, entre 2009 e 2020. Foi por meio do SESI Museu Digital e do museu virtual Retalhos Históricos de Campina Grande que identificamos as principais iniciativas de uma “história” digital sobre esse município. Nesse movimento, dialogamos com diversos pesquisadores que estudam a relação entre a sociedade e a internet, como François Dosse, Serge Noiret e Anita Lucchesi, bem como o sociólogo Manuel Castells e os filósofos Pierre Levy e Jorge Larrosa, para discutir a sociedade em rede, o ciberespaço e a experiência sensível provocada/vivenciada nestes ambientes. Em termos metodológicos, trabalhamos com a análise de conteúdo proposta por Laurence Bardin, para sistematização dos dados coletados nas redes sociais, assim como a História Comparada, balizada pelas considerações de José d’Assunção Barros, que nos permitiu o cruzamento de informações entre as propostas apresentadas pelos conteúdos históricos dos museus. A História Pública Digital, aliada a História Cultural, nos ofereceu subsídios para caminharmos teoricamente pelas fontes, entre elas vídeos, fotografias, hipertextos, entrevistas, reportagens, postagens e etc., que permitiram a constatação de que esses dois espaços digitais atuam como lugares de memória, tal qual pensara Pierre Nora. Esses canais de divulgação atrelam uma determinada orientação historiográfica para narrar uma cidade dita “moderna” e em constante desenvolvimento. Eles dão novas roupagens aos discursos ditos tradicionais, frutos de uma história que estabelece o passado da cidade a partir de uma ótica progressista e harmoniosa. |