Da sulanca à fabrica: configurações do trabalho no polo de confecções de Pernambuco.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: FREIRE, Cláudia.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1374
Resumo: A pesquisa desenvolvida teve como objetivo analisar trajetórias de empresários formais e atuantes no Polo de Confecções de Pernambuco, para apreender em suas narrativas a formação e reprodução de configurações locais do trabalho. A análise foi estruturada numa abordagem qualitativa, usando a pesquisa de campo como meio de intervenção no local, através de entrevistas semiestruturadas com 11 empresários formalizados, durante dez/2014 a nov/2015. Após a realização das entrevistas, se estruturou uma interpret ação das configurações locais do trabalho e das formas de produção em três momentos. O primeiro, corresponde ao início das trajetórias, apresenta os elementos e valores estruturais que alicerçaram a produção de confecções no Polo. O segundo, corresponde às narrativas de como se passou da condição de trabalhador à condição de empresário, expondo as estratégias dos empresários para montar sua estrutura produtiva, a partir de condições precárias de vida, e os usos que fizeram dos vários tipos de trabalho existentes, para dar continuidade à produção e consolidar seus negócios. A terceira, corresponde à caracterização da organização atual do trabalho nas fábricas, expõe como as fábricas foram modernizadas em termos físicos e tecnológicos e que o principal tipo de trabalho utilizado é o assalariado, submetido ao controle e à disciplina da gestão racional. Contudo, a modernidade das fábricas esbarra nas tradições lo cais, compondo um mix de características que agregam costumes locais, a fábrica limpa e moderna e uma mão de obra multifuncional e semianalfabeta. Tudo isso, faz do trabalho no Po lo de Confecções um desafio à compreensão do trabalho enquanto principal elemento da co nstituição socioeconômica local.