Os discursos e contradiscursos sobre a algarobeira (Prosopis sp.) no cariri paraibano.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: FRANCO, Euler Soares.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2788
Resumo: Nas regiões semi-áridas a degradação do meio ambiente é resultado de vários fatores, dentre eles: variações climáticas, perda da coberta vegetal e das diversas atividades antrópicas. Na Região Nordeste do Brasil, onde esta inserida o bioma Caatinga, é uma das áreas que mais sofre em conseqüência destes fatores. Grande parte da cobertura vegetal desta região é coberta por Caatinga, sendo a algaroba a principal delas. A algaroba planta leguminosa que foi trazida para o Brasil na década de 40, em seguida chegou até o Nordeste em Serra Talhada PE, em meados dos anos 70, quando o governo começou a incentivar os proprietários de terras a retirar a vegetação nativa de caatinga e plantar algaroba, pois a mesma estava sempre verde e servia para tudo, entretanto, como passar dos anos a algaroba foi sendo abandonada e o que chegou como solução para os efeitos da seca na região do semi-árido passou a ser considerada um problema. Dentro desta problemática, o presente trabalho teve o objetivo de avaliar a necessidade hídrico-ambiental da algaroba no estágio da pré-floração e seus efeitos em ambientes ocupados pela planta no âmbito do Cariri Ocidental. Para realização da pesquisa foi dividido o trabalho em duas etapas: na primeira etapa foi realizada uma pesquisa uma pesquisa de campo nos municípios de Boqueirão, Cabaceiras e São João do Cariri, onde foram entrevistados 306 agricultores 102 em cada município, na segunda etapa foi montado um experimento nas dependências da Universidade Federal de Campina Grande com o objetivo de avaliar o consumo hídrico da algaroba através da reposição da fração evapotranspirativa, com água de abastecimento, adotou-se 5 níveis de reposição (20, 40, 60, 80, 100 ETc), foram avaliados também altura de planta, diâmetro caulinar e comprimento de i raiz, em função da evapotranspiração. As irrigações eram feitas a cada três dias. O período de realização da pesquisa foi de junho de 2007 a setembro de 2008. Concluiu-se nas entrevistas com os agricultores que, a maior incidência de algaroba foi encontrada nas propriedades com menos de 5 ha e que a mesma é usada com ração animal e como madeira, sendo a madeira utilizada com fonte de energia, carvão e lenha. Considerando que foram aplicados 17.165 litros de água durante a aplicação dos tratamentos e que e evapotranspiração total nesse período foi de 16.954,61itros, os menores valores da evapotranspiração foram para o tratamento T20% com o menor valor atingindo 138,54 litros e os maiores valores foram para o tratamento T100% que alcançou 863,86 litros. A altura de planta e o diâmetro caulinar seguiram a tendência natural aumentaram de acordo com o aumento da lâmina e com o tempo. A produção total de biomassa seca foi de 36,05 kg, com uma eficiência do uso da água de (0,47g/kg) gramas de biomassa seca produzida por kg de água aplicada. O comprimento total de raiz foi de 180,67 km e a maior média encontrada foi de 5575,15 m para o tratamento T60%. Observou-se que as análises da composição química dos dois tipos de solo no final do experimento apresentaram melhoras quando comparados com as análises no inicio do experimento, houve redução do pH, aumento no nível de nitrogênio e de matéria orgânica.