Tijolos de terra crua reforçada com fibras vegetais.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1993
Autor(a) principal: SOUSA, Soenia Marques Timóteo de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Ciências e Tecnologia - CCT
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2627
Resumo: O presente trabalho trata do reforço de solos com fibras vegetais, na confecção de tijolos de terra crua. A fibra vegetal usada foi a de sisal. Foram selecionados quatro tipos de solos de diferentes localidades do estado da Paraíba: João Pessoa, Campina Grande, Areia Taperoá. Realizaram-se ensaios de caracterização, análise quimica e análise térmica diferencial. As propriedades mecânicas dos solos e misturas solo - fibras foram obtidas em corpos de prova ensaiados a compressão simples, com vistas a se definir alguns dos parâmetros a serem utilizados nos tijolos. A fim de garantir a durabilidade de tijolos submetidos á ação da água utilizou-se a cal e a emulsão asfáltica como aditivos. Para se observar o desgaste do tijolo foi feito o ensaio de durabilidade por perda de massa em ciclos de molhagem e secagem. Verificou- se também a absorção da água e as variações dimensionais dos tijolos com o tempo. Considerando que nem todo tipo de solo disponível localmente seja adequado para produção de tijolos de terra crua, mostrou-se a possibilidade de aproveita-los, corrigindo - lhes a granulometria, a partir da mistura com outros tipos de solos, em quantidades adequadas. Também foram estudados tijolos moldados com diferentes misturas de solos e fibras. Além disso foi pesquisada antiga tecnologia usada pela civilização Persa, que consiste em deixar a mistura solo-água-fibra em repouso durante certo tempo antes de se confeccionarem os tijolos. Os períodos usados foram de 30, 60 e 90 dias. Apresentam-se ainda os resultados da experimentação de um painel de parede de tijolos solo - fibra - emulsão. Os ensaios de resistência à compressão mostraram que o método aqui desenvolvido permite a confecção de tijolos com resistência superior a 2,0 MPa chegando em alguns casos a ser maior que 3,0 MPa, em função das amostras utilizadas, das composições de mistura empregada e do tempo de cura. Os resultados obtidos nesta pesquisa permitem concluir que a maioria dos tipos de solos podem ser aproveitados como matéria-prima na confecção de tijolos de terra crua, desde que devidamente estabilizado com aditivos(cal, emulsão ), fibras vegetais ou mediante mistura com solos, propiciando resistências mecânicas aceitáveis, podendo ser utilizados em obras de pequeno porte na construção civil, com bom desempenho e segurança.