Gestão multiescala para sistemas urbanos sustentáveis de abastecimento de água.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: CORDÃO, Maria José de Sousa.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/21950
Resumo: Os Sistemas Urbanos de Abastecimento de Água (SUAA) são analisados neste trabalho com o objetivo de propor estratégias para a sua gestão e sustentabilidade, através de um plano de gestão baseado nas múltiplas escalas urbanas. O domínio de estudo é Campina Grande, no estado da Paraíba, relevante polo comercial e de serviços de médio porte, situado no semiárido do Brasil. Conceitos de sustentabilidade e resiliência relacionados às Cidades Sensíveis à Água são discutidos considerando diversas estratégias, como a utilização de fontes multivariadas, utilizando multiescala; e sistemas de água urbanos integrados apoiados por infraestruturas não convencionais com multifunções. Estas estratégias buscam apoiar e suplementar o SUAA convencional, especialmente em cidades que vivenciam crises hídricas recorrentes. Os caminhos metodológicos que direcionam para um Sistema Urbano de Abastecimento de Água Sustentável (SUAASustentável) são envolvidos por um ciclo de natureza dinâmica evolutiva e perpassam por múltiplas escalas. São analisadas abordagens em multiescala orientadas por regras essenciais para avaliar estratégias de gestão em busca de um serviço de água sustentável. O modelo revela os fluxos de trabalho que devem ser percorridos utilizando três escalas geográficas urbanas: global (fronteira urbana), setorial e local, apoiando-se em três regras essenciais: as regras espaciais, as regras biofísicas e as regras de governança. O resultado principal é um modelo de gestão sustentável através de um quadro composto por 17 (dezessete) estratégias de gestão centralizadas e descentralizadas. O quadro de estratégias é explorado através de três contribuições metodológicas como ações para o modelo de gestão proposto. Primeiro, um mapeamento de risco de desabastecimento de água para apoiar o sistema centralizado utilizou Sistemas de Informações Geográficas baseado em Análise de Decisão Multicritério (GIS-MCDA) e Processos de Hierarquia Analítica (AHP). O resultado é uma ferramenta de suporte de adequação espacial apropriada para planejamento, manutenção e operação dos viii SUAA. Segundo, uma setorização em clusters de abastecimento empregou análises espaciais e decisões técnicas de engenharia para gerar uma ferramenta de apoio à gestão do sistema centralizado, especialmente gerenciamento de perdas. A clusterização obtida da rede de abastecimento deverá incluir análise multicriterial para definição final da viabilidade técnica, incluindo otimização hidráulica e custos envolvidos. Por último, um estudo sobre percepção e disposição pública conduziu uma análise através de mídias sociais sobre os fatores que influenciam as respostas públicas à hipótese de reutilização de água como contribuição para o sistema descentralizado. Os resultados revelaram que a água reutilizada é uma fonte alternativa de água reconhecida positivamente pelo público, notadamente em razão de economia de água e restrição hídrica. O estudo evidenciou a necessidade de iniciar um debate para desenvolver políticas para promover a reutilização de água, especialmente mecanismos regulatórios e políticas orientadas ao grau de escassez hídrica. As descobertas revelam que a abordagem que aplica a gestão dos sistemas urbanos de água em multiescala integrada a regras espaciais, biofísicas e de governança é um modelo de projeto sociotécnico que impulsiona a um novo paradigma para os SUAA. O resultado final pode ser classificado como um “plano para o futuro sustentável dos SUAA".