Corpos gays em resistência: quando o estranho confronta a religião e a racionalização na Escola Cidadã Integral.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: FERNANDES, Bruno Daniel Figueiredo.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
MESTRADO PROFISSIONAL DE SOCIOLOGIA EM REDE NACIONAL - CAMPINA GRANDE
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Gay
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/13290
Resumo: A presente análise objetivou desenvolver uma discussão em torno das problemáticas e resistências que envolvem as diversas questões em torno da homoafetividade na Escola Cidadã Integral, localizada na Cidade de Remígio-PB, buscando apontar a maneira como as relações de poder e seus reveses são produzidos e reproduzidos através do ambiente escolar. Tudo isso, fundamentado em um discurso revestido de uma aparente aceitação das diferenças, mas que apenas encobrem o preconceito e a intolerância em relação à orientação sexual dos estudantes. Para tanto, utilizamos pressupostos e apontamentos oriundos, principalmente, das premissas intelectivas de Michel Foucault e Max Weber. Do primeiro deles, entretanto, destacamos a história da sexualidade e os mecanismos de controle dos corpos, ambos provenientes ou consolidados nas sociedades modernas ocidentais. Em relação ao segundo (Weber), fizemos uso do método compreensivo utilizado pelo autor, procurando estabelecer uma tríade metodológica (motivo, ação e sentido), para assim estabelecermos os motivos e sentidos empregados nas ações escolares: discentes, docentes e administração. Dessa forma, considerando os apontamentos desses autores, como também, outros pesquisadores, analisamos a maneira como os dispositivos discursivos heteronormativos foram (e são) construídos e implantados através da instituição escolar, a qual legitima falas, ações e reações sobre sexualidades ali expostas ou impostas. Para tal, pensamos o ensino da sociologia enquanto importante instrumento de intervenção crítica em torno da realidade escolar, fazendo isso por meio de uma intervenção propositiva (aplicação de uma mini pesquisa). Com efeito, concluímos que na atual conjuntura brasileira, em especial a paraibana, poucos avanços foram observados, mesmo com a reinserção de disciplinas humanistas ou que possuem ferramentas para uma análise mínima ou profunda, especialmente quando discute-se sobre religião e mundo gay.