Identidades fragmentadas: cultura e sociabilidades homoeróticas em Campina Grande.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: ARAÚJO, Martinho Tota Filho Rocha de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/11538
Resumo: Penso que a antropologia não está próxima apenas da literatura, mas de outras modalidades artísticas como a fotografia e o cinema. Assim como a primeira, a investigação antropológica consiste no registro de flagrantes, momentos, instantâneos fixados pela analise. Como o segundo, a antropologia se encarrega de criar enredos aparentemente ordenados e absolutamente perspectivos e artificiais, visto que nenhuma realidade existe a priori e independente do olhar de quem a observa. E', portanto, com esta alusão que gostaria de concluir o presente trabalho. Ao longo de toda a pesquisa a qual começou antes mesmo de ser iniciada — isto e, sobre a qual passei a refletir antes de tomar-se objeto de investigação acadêmica —, conheci pessoas com quem muito aprendi e sem as quais não chegaria a lugar nenhum. Mas, longe de um quadro acabado. concluído, essas pessoas forneceram-me dados acima de tudo parciais, subjetivos, contingenciais. Provavelmente o conteúdo desta dissertação teria sido outro, caso eu tivesse entrevistado outros indivíduos ou ate mesmo as mesmas pessoas em momentos e espaços outros. Nesse sentido, portanto, simplesmente registrei imagens, enredos momentâneos e (fazendo jus ao tema deste estudo) fragmentados. Desse modo, não se trata de um estudo acerca dos homossexuais em Campina Grande nem dos frequentadores dos espaços de sociabilidade, visto que o meu recorte foi ainda mais limitado. Este trabalho, em suma baseou-se em pessoas, apenas em algumas pessoas, que, como todos nos, nada são; simplesmente estão. Ou seja não são essenciais concretas e ambulantes, mas sim acontecimentos regidos por projetos individuais fluidos e dinâmicos. Para finalizar, quero relembrar a famosa máxima que Marx tomou de Hegel, que consiste em "tudo que e solido desmancha no ar". E o que dizer, então. das identidades humanas sempre em movimento e nada solidas, que insistem em evolarem-se em cinzas esvaídas de qualquer sentido...